Saúde

A depressão: os remédios e porquê não funcionam em mim?

Ao longo dos anos tenho feito várias pesquisas a respeito da medicação e seus efeitos. Observei várias pessoas impacientes com o desgaste emocional que causa a dependência química dos remédios além de se frustrarem pela ineficácia desses. Após anos sendo medicados, desistiam do tratamento por acreditar que não pudessem melhorar.

Baseando-me sempre na pesquisa de Andrew Solomon (na qual este diz que transtornos mentais são 20% filosóficos e 80% genéticos), pergunto sobre a família do paciente, procurando saber se existe algum outro caso de doença mental conhecido.

Leia-se como filosofia, experiências e traumas, reais ou fictícios.

A realidade é una, estamos mais evoluídos na psiquiatria do que há 50 anos atrás e muito atrasado pelo que virá nos próximos 50 anos. Medicações novas e aparentemente milagrosas tem sido testadas, um exemplo é como a cetamina que promete curar a depressão em uma hora.

Então qual é o parâmetro para escolha da medicação e por que não está fazendo efeito?

Leia mais: Até 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, diz OMS

Lembre-se: cada organismo  lida de uma maneira diferente frente à uma medicação. Os psiquiatras em geral começam com as dosagens mais baixas dos medicamentos mais comuns. A ideia é que o medicamento faça efeito em 15 dias e após o retorno, o paciente relate alguma mudança que possa favorecer seu tratamento.

Porém há casos em que o paciente toma por mais de anos o mesmo medicamento e não obtém os efeitos esperados, principalmente em casos de depressão.

Pessoalmente, após dez psiquiatras pude conseguir fechar meu diagnóstico como bipolar, e então algo: a farmácia inteira foi testada em mim.

Psiquiatria vive de chute e acerto, mas acerta. Se seu remédio não faz efeito, fale ao seu médico sobre a possível troca, fale sobre as dosagens, converse sobre seu tamanho e peso, para que seu aquele possa ajustar a dosagem correta de acordo com seu físico. O importante é não pare de tentar. Por mais complicado que seja seus tratamentos e os efeitos colaterais desse, o conforto que procura está ao alcance de seus dedos.

Leia mais: Maria Rita Kehl: “A depressão cresce a nível epidêmico

Um erro comum é acreditar que o oposto da depressão é a felicidade. Errado. A depressão é a falta de vitalidade, como por exemplo levantar da cama e realizar tarefas rotineiras. A felicidade e a tristeza são apenas estados de espírito momentâneos, passageiros.

A depressão é mais comum do que parece, uma em cada cinco pessoas a possui, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o que pressupõe que 25% do mundo tem depressão, sendo essa a doença mais incapacitante da atualidade, ao lado da síndrome do pânico.

O que destila essa pesquisa são as condições sociais do sujeito, ou seja, o índice da depressão em indigentes é maior do que em outras classes, pouco tratado por ser pouco observado. Relaciona-se, através do preconceito, a condição da pessoa (de morar na rua por exemplo) com seu estado de humor deprimido. Leia-se “sua vida é um lixo e por isso você se sente como um lixo.”

Em contrapartida, isso não se vê em classes médias e altas, pois um novo tipo de preconceito iminente vem à tona. Quando em condições melhores, o fato de estar em depressão significa, para ignorantes, que a pessoa é mal-agradecida ou carente. “Se você tem tudo, por que age e se sente assim?”

Leia mais: A depressão e a ansiedade são sinais de luta, não de fraqueza

A depressão não escolhe indivíduos, ela existe. E deve ser tratada.

Não se sabe por onde começa. Pode ser súbita, como pode demorar. Eu fui diagnosticado aos 16, mas conheço pessoas diagnosticadas com 49. Independente do quando ela aparece, deve ser tratada com fármacos e auxílio terapêutico para assim, obter-se o efeito desejado: sua remissão.

Pablo Murad

Colunista do site Fãs da Psicanálise.

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  • Ela chega silenciosamente... sinto um cansaço intenso em todo meu corpo. Como se eu tivesse ultrapassado o meu limite físico em alguma atividade, mas não, não é isto. E eu que não tenho o hábito de assistir tv, sinto uma vontade súbita em deitar-me no sofá e deixar-me afundar, ser engolida pelo sofá enquanto assisto um filme após o outro. Dali daquele lugar não tenho interesse em levantar sequer pra escovar os dentes, nem mesmo pra dormir em minha gostosa cama. Minha mente quer me distrair com os filmes, me distrair pra que eu não tome consciência que estou em meio a uma depressão, e que muito menos entre em contato com o que está por detrás desta depressão.

    Na última vez que vivi este sintoma - padrão de chegada da minha depressão - lembro-me que havia me deparado com uma raiva fruto de uma situação de anos, que naquela época eu mesma reprimi este sentimento; isto aconteceu na mesma semana em que a depressão visitou-me pela última vez.

    Desde os 20 e tantos anos fui paciente assídua de diferentes terapeutas em diferentes momentos da minha vida, pra trabalhar questões especificas que eu não sabia lidar. A depressão foi um dos temas presente em cada uma delas. Mas a depressão sempre retornava, mesmo após a alta, retornava com um espaço maior de tempo, mas retornava.

    Somente quando mudei a minha alimentação é que abri a porta pra me conhecer. Foi aí que a minha natureza, ou o meu "ser" de fato natural, desabrochou. E depressão? Nada. Medos infundados? Nada. Já estava a mais de 1 ano e 6 meses no alimento vivo. Mas tive que ficar 3 meses sem ingerir o alimento vivo, fui morar em uma comunidade onde uma das regras era comer o mesmo alimento disponível em cada refeição. O estoque biogênico em meu corpo durou 2 meses e poucos dias.

    Hoje faz 2 meses e alguns dias que voltei pra casa, e agora 100% no vivo, mas ainda não fez um mês que retornei pro vivo; e quando sinto que está havendo uma baixa hormonal em meu corpo, corro pra um ambiente tranquilo em minha casa e medito MVB.

    "MVB: essa meditação desenvolve os links neuro-funcionais entre todos os grupamentos musculares do corpo, para uma experiência de percepção da bioeletricidade humana, e para o despertar e ascenção da energia básica de alguns trabalhos desenvolvidos no Centro Metamorfose.
    Com o tempo, a fadiga muscular provocada na parte posterior da coxa gera uma carga vibracional, resultado do tensionamento do músculo.
    Esta carga vibracional tende-se a espalhar pelos grupamentos musculares adjacentes, percorrendo seu caminho até os músculos superiores do rosto, no zigomático. Isto provoca uma alta produção de ocitocina por todo corpo."

    Utilizo de outras meditações pra curar sentimentos que reprimi em minha vida e que estão despertando em cada depressão; seja raiva, tristeza, medo, ciúme, inveja etc Eu não preciso entendê-los, não preciso analisá-los, só preciso ser o sentimento em sua totalidade, me torno o sentimento e vivo ele com intensidade em cada meditação. Somente com a desrepressão a cura ocorre.

    Hoje a meditação e o alimento são a minha cura, junto a um estilo de vida saudável. Com exercício físico, leituras, bons filmes, fruir de manifestações artísticas, contato com a natureza, amizades saudáveis etc

    Ale Cordeiro
    Capacitanda em Terapia Tântrica
    e Culinarista e Educadora do Alimento Vivo pelo Terrapia

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Pablo Murad
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