Possivelmente você se consideraria cansado de ouvir este pensamento. Talvez esteja mesmo. Mas você já se deu conta da verdade que ele contém? Se sim, você é um felizardo, porque já aprendeu o que há de mais importante nesta vida, que é valorizar o que se tem.
E neste contexto estamos falando de bens materiais sim, mas estamos falando principalmente do que não pode ser comprado: pessoas, sensações e sentimentos.
É muito comum nos acostumarmos ao que temos e passar a olhar e a sentir tudo de forma mecânica, automática. Muito comum também é olharmos demais para o futuro e atropelarmos o presente, com nossa pressa sem freio e nossa desatenção constante.
Quantas oportunidades perdidas, quanto desperdício de vida!
Por mais que o futuro seja importante, saber viver o presente é extremamente necessário. E cada um deve saber o que precisa valorizar, o que lhe é essencial e o que acarretaria em perda irreparável à sua vida.
A autora Fabíola Simões sabiamente escreveu que: “É preciso se saber feliz. É preciso se lambuzar de alegria presente e ser grato pelo que se concretizou em nossa vida.”
Todos já passamos por sustos que provam que a vida é feita de altos e baixos. Por isso há que ser feliz na varanda dos dias, quando ainda há luz e calor.
Não deixar para depois o reconhecimento de nossas dádivas, presentes que querem ser desembrulhados agora, com a euforia de meninos na noite de natal.
Não deixe empoeirar os presentes que você recebe hoje. Não permita que a ferrugem do tempo estrague o brilho de suas realizações ao perceber, tarde demais, que abriu mão de suas maiores riquezas na ânsia de ser “muito” mais feliz.
Tem gente que espera ser feliz no próximo ano, no próximo aniversário, na próxima primavera. Não percebe que a felicidade não obedece calendários nem floresce de acordo com as estações do ano.”
Assim sendo, e mesmo que isso pareça conselho repetido, valorize o que você tem. Valorize a rotina que te é indispensável, a companhia das pessoas, valorize as pequenas coisas, os pequenos prazeres, a vida em todas as suas manifestações.
Se preciso redefina suas prioridades, abra seus olhos, procure enxergar com a alma. Mas acima de tudo, valorize-se. Dar valor é diferente de conformar-se com o que te faz mal.
A felicidade deriva da valorização e por consequência, da gratidão. Quer sentir-se mais feliz? – Valorize o que você tem, antes que a vida te ensine a chorar pelo que você tinha e que agora, já não te pertence mais.