Somos pessoas. Podemos nos vestir com roupas iguais, andar pelas mesmas ruas, ver os mesmos programas na TV, ter os mesmos aplicativos no celular, comer a mesma comida, passear no mesmo shopping, gostar das mesmas músicas, ter os mesmos ídolos… e tantas outras situações semelhantes. Somos necessariamente contemporâneos. Vivemos ao mesmo tempo, no mesmo mundo, com os mesmos problemas e situações.

Mas somos diferentes. Ninguém é igual a ninguém. Cada um tem seu DNA, seu pai, sua mãe, seus irmãos e principalmente sua história.

Há a sensação de que a infância é o momento da vida em que só cabe a felicidade. Alegrias, despreocupações, atividades com muitas brincadeiras e pouca ou nenhuma responsabilidade. Muitos ainda se recordam do “eu era feliz e não sabia”.

Antes fosse mesmo assim. Mas nunca foi e nunca será.

Crianças também podem adoecer. Doenças agudas ou crônicas podem surgir a qualquer momento da infância. Inclusive as que tem origem na mente. Claro! Porque haveríamos de supor que só o corpo, da cabeça para baixo, poderia ficar doente?

Várias situações específicas relacionadas ao mundo psicoemocional podem se manifestar na infância. A depressão, inclusive.

Basta existir para poder adoecer. Importante saber, porém, que hoje há incontáveis recursos terapêuticos disponíveis. E com o cuidado necessário podemos garantir, de fato, a possibilidade de uma infância bem mais feliz.

(Autora: Dra. Ana Escobar – médica pediatra, professora livre docente FMUSP)

(Imagem: ?? Janko Ferlič )

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A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

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