Desde o início de janeiro, o medo se espalhou como um tsunami em nossa sociedade com a chegada do coronavírus. Um vírus isolado pelo governo asiático no início do ano, mas do qual cerca de 80.000 pessoas já são afetadas pela doença.
No entanto, embora estejamos sempre informados graças à mídia, o desconforto devido à insegurança a ser infectada está aumentando. Um medo que está se espalhando socialmente e é cada vez mais encontrado nos lábios das pessoas. Mas como podemos enfrentar esse fardo psicológico?
Nas circunstâncias em que o medo tem um papel de liderança, somos muito menos lógicos e racionais do que gostaríamos. Dúvidas como “Vamos comer um chinês?” Agora que o vírus está cada vez mais disseminado, eles podem ser vistos como uma atitude racista, mas a verdade é que, em momentos como aquele em que estamos, é melhor ser cauteloso.
Como as epidemias nos afetam
A superinformação que temos atualmente com a quantidade de mídia à qual estamos expostos gera nada mais e nada menos que medo. Essa é a epidemia mais poderosa, já que os encargos psicológicos gerados pelo medo de uma epidemia são muito mais fortes do que às vezes a própria doença. Esse medo faz com que nos isolemos do ambiente, evitando pegar transporte público ou até mesmo entrar em estabelecimentos por medo de quem estará dentro e do que eles podem nos transmitir, etc.
Ser cauteloso é importante, mas quando nos tornamos obcecados por isso, isso se torna um fator negativo para nós. O alarme social ao qual estamos expostos com o coronavírus é real, mas antes de entrar em pânico, é necessário contrastar as informações e não acreditar em todas as fraudes que circulam na Internet ou nas redes sociais. A única coisa que nos fornecerá é mais medo.
Medo ou fobia?
Às vezes, é difícil diferenciar se o que está acontecendo conosco é medo ou fobia, pois um ou outro envolve uma série de sinais que podem ser semelhantes, como ansiedade e a sensação física que o medo ou a fobia gera. Devemos aprender a diferenciá-los bem para que possamos tratá-lo se necessário:
As reações de transpiração podem ocorrer em uma situação que nos assusta, mas quando essa transpiração é excessiva e combinada com terror descontrolado ou taquicardia, podemos falar de fobia. No caso de uma fobia, nossa reação é desproporcional e exagerada e pode ser entendida como algo traumático.
Alterar a nossa maneira de fazer as coisas ou a rotina para evitar uma situação vem da fobia. Podemos evitar fazer algo por medo, mas quando esse medo se torna uma ameaça com a qual somos incapazes de lidar, falamos de fobia.
O coronavírus, sem dúvida, alarma a todos. É real e perigoso e devemos ser cautelosos, mas também é bom nos perguntarmos se algumas situações ou maneiras de agir que estamos tendo, como evitar nossos vizinhos apenas por serem chineses, estão corretas e de onde elas vêm.
(Fonte: mundopsicologos)
(Imagem: Gustavo Fring)
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