É muito fácil julgar e analisar o que os outros devem fazer diante das situações.
“Nossa, se eu tivesse aquele dinheiro, comprava todas as ações daquela empresa. Certamente faria uma fortuna”.
É extremamente tranquilo projetar um investimento financeiro, por exemplo, quando não é nosso dinheiro que está em jogo. Afinal, se não der certo, você não vai perder nada. O mesmo vale para diversas ocasiões no dia a dia. Temos que ter cuidado ao proferir a velha expressão que “desta água nunca beberei”.
Para aqueles que tem um conhecimento, quase sempre atrelado a uma maior maturidade e vivência, se é difícil prever como será nossa própria reação diante dos acontecimentos, então é praticamente impossível imaginar com exatidão como o outro agirá.
Mas, em contrapartida, desenvolvendo uma percepção apurada de nossas qualidades e fraquezas, é possível não só nos aprimorarmos, mas também conseguir usar a dedução com maior precisão.
A importância do autoconhecimento não é uma coisa atual.
Falando sobre o seu mestre Sócrates e a sua presença no Templo de Apolo em Delfos, o filósofo Platão deixou registrado que a frase “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo” estava escrita no pátio do templo.
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Já se sabia há centenas e centenas de anos que o ser humano que conhece seu potencial pode chegar mais longe. Não é por acaso que os maiores conquistadores da história tinham pleno conhecimento e confiança de suas habilidades para se arriscarem rumo ao desconhecido.
É bem tranquilo em pleno século XXI planejar atravessar o Oceano Atlântico, por exemplo, porém, numa época em que não se sabia o que tinha do outro lado do planeta, era uma tarefa e tanto.
O indivíduo que se conhece bem está muito mais entendido não só do que é capaz, mas também do que é incapaz.
Entre as características fundamentais para superar os limites está o conhecimento bastante preciso de até onde vão nossas habilidades, portanto, em quais aspectos precisamos nos aperfeiçoar para superar os desafios.
Os homens tolos nunca aprendem, os inteligentes aprendem com os erros dos outros e os sábios obtêm conhecimento através dos erros dos outros.
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O tempo que a gente perde tentando julgar o outro de forma imprecisa pode ser melhor aproveitado com reflexões de nossas próprias atitudes. Somente o outro pode ter embasamento para julgar suas próprias atitudes, porém nos é permitido ter conhecimento dos resultados obtidos através dos caminhos trilhados pelo próximo.
Não é por acaso que quem conhece a si próprio acaba, consequentemente, compreendendo muito mais coisas.
(Autor: Diego Rennan)
(Fonte: eusemfronteiras.com.br)
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