Nesse momento em que o nosso país está sofrendo diversas crises em vários setores é normal que as pessoas fiquem apreensivas em relação ao futuro. O alto índice de desemprego, os desafios diários para superar a instabilidade financeira, a falta de perspectiva para o futuro e o desânimo, reforçam o atual cenário de recuo da economia, despertando sentimentos de insegurança e de impotência na população em geral.
Todos esses elementos acabam repercutindo na autoestima e na qualidade dos nossos relacionamentos em todas as áreas da nossa vida.
De acordo com alguns economistas, esse cenário ainda deve se estender pelo próximo ano. Dentro desse contexto, vale lembrar que a palavra crise, “Wei-Ji” no ideograma chinês, tem dois significados: o primeiro é “perigo” e o segundo é “oportunidade para mudar”.
A crise, de fato, apresenta essas duas facetas. É um paradoxo, mas é durante a crise que as pessoas têm a oportunidade de rever conceitos ultrapassados, aprimorar a criatividade e sair “fora da caixa”, ou seja, da “zona de conforto” para crescer.
Se tomarmos como exemplo um casal em crise conjugal que procura ajuda profissional, visto que essa é a minha experiência em consultório, ao procurar ajuda e enfrentar seus conflitos, ambos estão se dando uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento de novas habilidades de interação um como outro.
O autoconhecimento, a capacidade de negociação e todo novo comportamento que cada um dos lados vai empreender são os elementos que irão ajudar o casal a restabelecer a relação e possibilitar um reencontro com melhor qualidade e mais momentos de felicidade na vida a dois.
Quando a dificuldade é encontrar um novo amor, é bom lembrar que, não somente os pensamentos, mas as palavras também têm grande poder sobre o nosso cérebro. Algumas pessoas vivem reforçando a ideia de que está cada vez mais difícil encontrar uma pessoa bacana para se relacionar. De maneira inconsciente, elas estão se programando, mentalmente, para confirmar essa crença negativa de fracasso, direcionando seu foco de conquista para aquelas que não são tão legais ou que não estão disponíveis.
Se a questão é a concorrência no campo profissional, é importante lembrar, que o concorrente atua no mesmo cenário que você.
Portanto, aquele que conseguir surpreender o cliente, prestando um serviço diferenciado e de qualidade, é que vai encontrar muito mais portas abertas no mercado.
Ou seja, quando a crise se instala, em qualquer que seja a área da nossa vida, o melhor que temos a fazer é procurarmos ter serenidade e humildade para fazer os ajustes necessários com criatividade.
Nem sempre será fácil. Porém, ficar reclamando da vida significa focar no cenário atual, em vez de buscar soluções para sair da crise.
Mas, como desenvolver a automotivação?
Estudos neurocientíficos mostram que o nosso cérebro não é estático, mas que ele consegue se adaptar, estruturalmente, em função da maneira como nós pensamos. A neurociência chama esse fenômeno de neuroplasticidade.
Quando pensamos, nosso cérebro cria novas conexões cerebrais que vão proporcionar novas possibilidades criativas! Podemos escolher nossos pensamentos para gerar novos sentimentos.
Exercite o seu cérebro, começando por acreditar que é possível mudar a situação indesejada! Entenda o problema como uma oportunidade de crescimento pessoal. Foque em imagens positivas que vão te proporcionar novas sensações e mudar o seu campo vibracional. O seu cérebro vai começar a criar. Então, parta para a ação!
Estude, peça ajuda se for preciso, seja persistente!
E, não pense que tudo vai sair “redondinho” e que você não vai tropeçar durante o caminho, porque você vai! Tropeços fazem parte do processo, retire o aprendizado e siga em frente!
Esteja preparada(o) para fazer quantas mudanças forem necessárias, continue lapidando suas estratégias até solucionar o problema e conseguir gerar novos resultados!
(Carmen Janssen, psicanalista, sexóloga e palestrante internacional)