Saúde

3 métodos para Lidar com um Acumulador

Acumulação é uma condição clínica que se caracteriza pela incapacidade de descartar qualquer tipo de posse. Este comportamento muitas vezes se agrava a ponto de causar desconforto para o indivíduo que o apresenta e aos seus entes queridos.

É importante reconhecer que a acumulação não tem apenas a ver com juntar coisas; ela envolve a ligação emocional com objetos.

Não existe uma maneira “certa” de lidar com este distúrbio, mas é preciso muita compaixão e compreensão para ajudar um acumulador a melhorar sua qualidade de vida [1].

Método 1 de 3: Ajudando um acumulador

1) Reconheça os comportamentos característicos.
Acumuladores guardam itens em excesso e de forma desorganizada, frequentemente criando um ambiente perigoso. Eles costumam ser incapazes de descartar quaisquer itens, ainda que eles não tenham nenhum valor monetário. O motivo para guardar todos estes itens se divide entre sentimentalismo e medo de precisar deles no futuro. [2]. [3].

Acumuladores frequentemente destinam cômodos inteiros em suas casas para guardar objetos em total desordem.

Eles costumam recolher jornais, revistas, folhetos e outros documentos que contenham informações, para poderem ler e digerir as informações no futuro, mas raramente os leem de fato.
Acumuladores se vinculam poderosamente aos objetos, e acreditam que estes oferecem uma sensação de conforto ou segurança. Eles podem sentir que descartar um objeto seria como perder parte de si mesmo.

2) Entenda as questões subjacentes que levam à acumulação.
Os motivos por trás deste distúrbio variam de pessoa para pessoa, mas os acumuladores frequentemente mostram uma conexão emocional ou psicológica com os itens.

Eles também apresentam uma resistência ao falar ou pensar sobre a extensão da desordem que fazem [4].

3) Verifique frequentemente como o acumulador está.

Caso você não more com ele, certifique-se de socializar com ele quando puder. Use suas visitas para determinar se as condições de vida dele estão melhorando ou piorando.

Você pode precisar avaliar se o acumulador chegou a um ponto no qual começou a representar um perigo para si mesmo.

4) Identifique o problema.
Muitos acumuladores podem admitir seu desejo de guardar tudo, mas raramente entenderão preocupações com segurança e saúde. Eles podem não ver seu comportamento como problemático, e muitas vezes nem percebem o impacto que seus comportamentos têm sobre os outros [5].

5) Fale sobre suas preocupações sem julgar. Quando falar, tente não parecer crítico sobre a situação [6]. Tente abordar os riscos deste comportamento para a saúde, incluindo a higiene, poeira e mofo. Aponte também os riscos de incêndio, e a dificuldade de escapar do local, por conta das saídas bloqueadas.

  • Tente não passar muito tempo falando sobre a desordem dos objetos em si, pois isso fará o acumulador se colocar na defensiva.
  • Por exemplo, você pode dizer que gosta da pessoa, e que está preocupada com a segurança dela. Diga que o apartamento anda muito mofado e empoeirado, devido a quantidade de objetos empilhados por todo lado, e que você acharia difícil sair com segurança em caso de emergência.

6) Peça permissão para ajudar. Um acumulador sofreria de um caso grave de ansiedade, caso alguém tentasse jogar seus itens fora sem pedir [7]. Em vez disso, assegure que ninguém entrará na casa ou tocará nas coisas dele. Se ofereça para ajudar a classificar os itens ou pagar por um organizador profissional. Em última análise, o colecionador precisa ter a última palavra sobre o que fazer com os itens.

  • Tente usar a linguagem do acumulador para se referir às coisas dele. Se ele chama suas coisas de “coleção”, faça o mesmo.

7) Faça perguntas sobre os itens coletados. Você pode reunir informações e tentar ajudar o acumulador, caso entenda como e porque ele guardou tantos itens. Tente fazê-lo se sentir no controle; lembre-se de que você está tentando ajudar, não querendo impor sua opinião.

  • Alguns exemplos de perguntas incluem: “eu percebi que há muitos livros no corredor. Por que você decidiu colocá-los lá?” “Estou preocupado que eles impeçam uma saída rápida em caso de emergência. Tem algum outro lugar no qual você possa colocá-los? ” “Você tem alguma ideia de como tornar esta área mais segura?”

8) Ajude o acumulador a estabelecer metas. Isso o ajudará a melhorar sua qualidade de vida e a funcionalidade do seu espaço. Certifique-se de definir metas atigíveis.

  • Não aborde negativamente os objetivos (“se livrar de todo este lixo” é um exemplo do que não se deve sugerir)
  • Não defina objetivos vagos, como “manter a casa limpa e organizada.” Tente algo como “limpar o corredor e deixar todos os acessos da casa desimpedidos”.
  • Comece tratando das preocupações de segurança e saúde, depois vise objetivos menores, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.

9) Evite causar aflição no acumulador. É importante ser gentil e paciente. Lembre-se de que a acumulação é um assunto delicado; uma limpeza não resolve o problema a longo prazo. Você também corre o risco de violar a confiança do acumulador, e perder qualquer terreno que possa ter ganho com ele.

  • Não puna ou seja ríspido com um acumulador.
  • Não discuta ou grite com a pessoa. Em vez disso, trabalhe junto com ele para alcançar um objetivo [8].

10) Comemore cada vitória. Sempre que o acumulador fizer algum esforço para melhorar, não deixe isso passar despercebido. Você pode notar uma pequena área que foi organizada, ou enxergar alguma parede que não podia ser vista antes. Não importa o quão pequena a melhoria seja, ela deve ser encarada com alegria e positividade.

11) Encontre uma motivação para melhorar. Embora possa ser difícil motivar alguém, você deve ser capaz de incentivar o acumulador a melhorar. Por exemplo, tente sugerir que ele receba amigos em casa. Isto pode encorajá-lo a arrumar sua sala de estar.

12) Desenvolva um plano. Um acumulador pode não ter as habilidades necessárias para classificar seus itens por si mesmo. Se ele concordar em receber ajuda, organize e classifique tudo. Você pode precisar de rótulos, estantes, caixas e recipientes de armazenamento.

  • Comece rotulando as caixas como “guardar”, “jogar fora” e “doar”. Você provavelmente precisará de um espaço para colocar os itens e esperar a decisão do acumulador sobre o que fazer com eles.
  • Agrupe itens semelhantes. Enxergar uma grande quantidade de coisas do mesmo tipo pode fazer o acumulador querer reduzir o número de um item específico. Por exemplo, se ele tiver 100 caixas de tecido, pode estar disposto a reduzir este número para 50. É um pequeno passo, mas já é um começo.
  • Categorize os itens como “quero” e “não quero”. É uma boa ideia começar com os itens que vão para a pilha do “não quero”, como alimentos vencidos ou plantas mortas.
  • Discuta onde os objetos serão guardados. Pode ser um cômodo específico da casa, ou uma garagem alugada.

13) Conheça as consequências da acumulação prolongada. Duas das principais indicações de acumulação são o comprometimento social ou ocupacional e um ambiente inseguro. O ambiente pode se tornar cada vez mais perigoso, dificultando relações sociais, causando preocupações de saúde e gerando consequências financeiras [9].

Perigos específicos que podem resultar da acumulação incluem:

  • Acessos bloqueados, riscos de incêndio ou violações de segurança.
  • Riscos de saúde, causados por fatores ambientais, como mofo e poeira, além de outras violações do código sanitário.
  • Negligência com a higiene, devido à incapacidade de executar algumas tarefas, como tomar banho.
  • Redução da socialização ou isolamento total.
  • Relações familiares tensas, negligência infantil, separação ou divórcio.

14) Dê tempo ao tempo. O processo de limpeza e organização de um enorme acúmulo de itens levará uma quantidade significativa de tempo. Este não é um problema que pode ser corrigido em um dia. Serão necessários muitos esforços e persistência para organizar a casa de um acumulador.

Método 2 de 3: Morando com um acumulador

  1. Diferencie o distúrbio de um simples gosto por colecionar. Colecionadores são pessoas que adquirem itens específicos. Eles geralmente exibem estes itens de forma organizada. Acumuladores, por outro lado, guardam itens aleatórios e os empilham de forma perigosa.
    • Não há problema algum com pessoas que colecionam algum tipo de objeto, como bonecos, selos, figurinhas e outros, organizando tudo de um modo em particular.
    • Não deixe seus próprios sentimentos sobre limpeza, organização e necessidade de guardar itens importantes fazê-lo rotular um colecionador como um acumulador [10].
  2. Seja paciente. Morar com um acumulador pode ser muito difícil, pois ele pode se irritar quando você tentar limpar ou organizar a casa. Pode ser particularmente difícil fazer o acumulador com quem você mora ajudar a limpar a bagunça.
  3. Reflita sobre a natureza compartilhada da sua casa. Você precisa se lembrar de que ambos compartilham o ambiente. Fale sobre melhorias que podem ser feitas no “nosso” ambiente, não no “meu”. Evite falar sobre “suas coisas” dentro do espaço da casa.
  4. Proponha acordos. Se o seu parceiro está convencido de que “precisa” guardar todas as suas coisas, tente estabelecer limites aceitáveis nos espaços compartilhados. Uma boa opção seria designar cômodos específicos para guardar os itens dele.
    • Você pode fornecer espaço para as coisas do seu parceiro, enquanto lida com suas preocupações sobre a acumulação e a manutenção do ambiente.
  5. Não jogue fora os pertences do acumulador. Mesmo que você veja os objetos como lixo, isso pode criar um abismo entre você e seu parceiro, além de colocá-lo na defensiva, tornando-o ainda mais desorganizado.

Método 3 de 3: Incentivando o acumulador a procurar ajuda profissional

  1. Reconheça fatores de risco da acumulação. Existem muitos fatores complexos que contribuem para este comportamento, mas muitos fatores de risco relacionados são comuns a todos os casos. Acumuladores muitas vezes têm um membro da família com o mesmo distúrbio, sofreram lesões cerebrais ou foram submetidos a um evento extremamente estressante, como a morte de um ente querido. Alguns comportamentos de acumulação também resultam de problemas mentais, como:[11]. [12].
    • Ansiedade.
    • Trauma.
    • Depressão.
    • Transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade.
    • Abuso de álcool.
    • Ter sido criado em uma casa desorganizada.
    • Esquizofrenia.
    • Demência.
    • Transtorno compulsivo excessivo.
    • Transtornos de personalidade.
  2. Se ofereça para contratar um profissional para ajudar o acumulador com a organização. Pode ser embaraçoso para o acumulador ter um familiar organizando as coisas dele. É possível que ele aceite melhor um profissional, que está sendo pago para fazer o serviço.
  3. Incentive o acumulador a fazer terapia. Uma simples limpeza não pode resolver o problema subjacente. Muitas vezes, acumuladores precisam de terapia cognitiva-comportamental e medicação [13].
    • O método específico usado em pessoas com este comportamento se chama prevenção de exposição e resposta, que dessensibiliza o paciente, fazendo-o sentir menos os impactos dos seus medos [14].
    • Frequentemente, os profissionais da área receitam antidepressivos, que também são usados para tratar o transtorno obsessivo compulsivo [15]. Alguns destes medicamentos incluem o Anafranil, Zofran, Lexapro, Prozac, Zoloft e Paxil. [16].
  4. Se ofereça para frequentar a terapia com a pessoa. Se você mora com o acumulador, ambos podem se beneficiar da terapia para casais ou terapia de grupo [17]. Isso pode encorajar seu parceiro a se tratar.
  5. Entre em contato com um médico ou profissional de saúde mental. Um médico pode oferecer conselhos sobre a melhor forma de lidar com um acumulador, ou convencê-lo a procurar ajuda profissional. Algumas comunidades também oferecem assistência através de agências de saúde pública.
    • Alguns casos de acumulação podem exigir a intervenção de órgãos públicos de saúde.
    Fontes e Citações
Fãs da Psicanálise

A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

View Comments

  • Eu tenho uma mãe acumuladora ela tem 74 anos , está internada em razão de uma anemia profunda. Não posso permitir que ela viva na sujeira e estou limpando a casa , penso em contar que fiz isso no hospital . O que pode acontecer , ela é violenta quando se trata deste assunto .

    • E agora, como ela está? Como ela reagiu quando encontrou a casa limpa e livre dos objetos acumulados? Qual foi o resultado? Perdoe-me por tantas perguntas. Tenho uma mãe que também é resistente e fica brava quando eu insisto no assunto.

    • Passo pela mesma situação que vc , minha mãe tem 58 anos e trabalha com faxina, mas ela faz jus ao ditado "casa de ferreiro espeto de pau" ela acumula muitas coisas aleatórias, já chegou a um estado insalubre., ela sempre me chama p ajudar a limpar mas não quer jogar nada fora,e não é possível limpar sem jogar fora mal tem espaço p andar. Todas as vezes que pergunto se pode jogar fora ela diz que não pq vai fazer alguma coisa com aquilo, porém se eu voltar meses depois tudo ainda permanece no mesmo lugar. A sujeira se esconde e fica impossível limpar . Na sexta-feira ela saiu para fazer uma faxina na casa de uma cliente e eu aproveitei e fiz o mesmo com ela , joguei muita coisa fora e organizei a casa deixando impecável e bonita de uma forma que eu mesma nunca havia visto pois ela acumula a muitos anos, agora não estamos nos falando ela não aceita, brigou comigo e disse que prefere viver nesse lixo entre outras coisas... Muito triste não sei como agir. Se você puder compartilhar mais da sua experiência...

  • E quando a pessoa já se isolou? Não deixa ninguém visita- lá há 10 anos, não nos deixa recurso para dialogar sobre. Podemos ver que está cada vez pior pois seu cheiro está insuportável.

    • Fabiana onde conseguiu ajuda para seu problema, e como lidou com a situação, cuido da minha mãe a mais de 10 anos mais nunca consegui ajuda especializada.

      • Acho que talvez o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) pode te orientar! Procure na sua cidade, veja no Google o endereço.

  • Convivo com meu irmao, nunca trabalhou, fez Mestrado, Doutorado e Pos Doutorado. Ele herdou dos meus pais um apartamento, vendeu, gastou em comida e livros. Moro no meu, que virou um chiqueiro com riscos de incendio. Nao tenho dinheiro para limpa .._lo. Pago todas as contas, com minha meia pensao. Ele faz analise a mais de 25 anos. Tem diagnostico de Compulsao, e depressao. Muito agressivo. Grita e agride verbalmente. Sedentario. Sou ameacada por familiares, e ele, de me obrigarem a sustenta_ lo para o resto da vida. Ele nao é Ezquizofrenico. Onde posso Interna_ lo??

  • Não mecha nos objetos do acumulador, seria a pior coisa,eles se apegam em todo lixo guardado,tudo que pra nós não teria valor nenhum, para o acumulador, tem muito valor Atrás daquele lixo que ele guarda, existe uma infância mal resolvida uma relação dele com o mundo,portanto se for jogar espere a pessoa para acompanhar,não será nada fácil,e espere pois até agressões pode ocorrer.

  • Convivo com a minha mãe a mais de 10 anos que tem este problema, mas não soube lidar com o problema pois a casa é muito simples,(2 cômodos além de ser um verdadeiro caos) acabei me isolando também pois mal posso levar ninguém em casa, pois tenho vergonha... acabei também descontando muito no álcool, hoje estou desempregado, estressado e não consigo mais conversar com ela sobre o assunto... pois sempre brigamos. Só falo sobre outros assuntos e mesmo assim continuo sustentando ela, nunca mais ela trabalhou fora mais de 15 anos já, trabalhava de doméstica nunca assassinou a carteira; hoje nem pode se aposentar e nem tem direito a nenhum benefício, e nem quer buscar tratamento.
    Mas sem mexer as coisas dela é uma pessoa maravilhosa, mais é muito difícil.
    É impressionante como a cabeça do ser humano pode dar PT de uma hora pra outra. Depois desta experiência passei a valorizar mais esses profissionais da Psicologia é uma pena Não existir um tratamento adequado e acessível para está síndrome.
    Abraços paz

    • Interessante!!! Às vezes, achamos q só a gente passa por isso com nosso familiar. Mas vendo a descrição de Vcs aqui ... já sinto um certo alívio!!!

    • Oi! Eu fico pensativa aqui também, é muito bom dividir esse sofrimento que passamos. Eu não moro mais com a minha mãe, me mudei para meus avôs quando não consegui aguentar o problema comportamental dela. Não posso comparar o meu sofrimento com o seu, que é maior, infelizmente. Eu lamento muito por você, e espero muito que consiga superar seguindo os ensinamentos da psicanálise quanto a solução possível do problema comportamental da sua mãe. Sabe, Nemias, devemos criar um grupo de filhos vítimas das mães acumuladoras, para conversas e trocas de informações e consolos!

      • Esse grupo foi criado? Preciso muito conversar c pessoas que passam pelo mesmo que eu.
        Estou ficando depressiva e para piorar ainda estou grávida.
        Se tiverem feito o grupo me responda por favor

      • Eu tb tenho um membro da família acumulador e gostaria de algumas orientações sobre o assunto e como proceder com essa situação.

  • Meus pais apresentam comportamentos de acumuladores. Ambos guardam ferramentas, objetos quebrados, peças que não possuem serventia, eletrodomésticos que já não funcionam, obejtos achados no lixo, sapatos e roupas que não servem mais e até já se encontram estragadas... A casa é repleta de coisas empilhadas e inúteis. A área de serviço está cheia de mofo e teias de aranha devido ao grande número de objetos desnecessários. Sempre aparece algum inseto pela casa. Não sei mais o que fazer! Sempre que tento arrumar eles surtam e dizem que é só limpar e colocar tudo no lugar, mas a maioria das coisas não servem para nada! Toda vez eles gritam e me ofendem se pergunto se usarão tal objeto em algum momento. A casa toda está começando a ficar com mofo... Não consigo conversar com eles pois os dois acreditam que isso é normal e quando tento dialogar me ofendem e alteram a voz. Como ajudá-los?

    • Busque ajuda para si primeiro, aprenda a conviver sem se contagiar com todo esse caos , esse é o começo......

    • Enel, que situação difícil. Gostaria de conversar mais sobre isso. É difícil conviver com os pais que sofrem desta doença. Tenho uma mãe que também sofre disso, eu morava com ela há anos e precisei aguentar toda acumulação. No passado, não tinha tanta acumulação e ela vinha desenvolvendo com o passar de anos... Hoje em dia, são tantas coisas que me causa medo de vê-la piorar a doença. Eu me preocupo com ela, e estou disposta a ajudá-la no que eu puder, o que tiver ao meu alcance... No que eu for capaz de fazer, tentarei o melhor para ajudar. Mas, querida, não devemos nos iludir, é um caminho difícil e longo, principalmente para quem já acumula há anos. Não é simples. Vamos ver se o método acima ajuda a melhorar!

    • É importante se propor a ajudar a organizar, em caixas, setorizando, etiquetando, sempre sob o olhar do acumulador, explicando q nada será descartado. Ai, quando o acumulador vê q tem bastante de uma mesma coisa, ele consegue se desfazer de uma parte. E explicar, q estando em cxs, ele saberá o que tem e onde está. Importante uma certa ordem tbem no tipo de cxs p cada coisa, q sejam iguais de preferência para cada tipo de coisa.

  • Muito triste isso, eu e várias pessoas que postaram mensagens aqui têm esse problema com um parente e ninguém diz como solucionar! Deviam existir indicações de pessoas que possam ajudar como nos EUA se via naquele programa. Não tem como fazer nada sozinho com jeito, porque essas pessoas não deixam ninguém fazer nada por elas! São muito estressadas e grosseiras! Ao menos a minha mãe é! Aqui diz que temos que ter paciência, queria muito saber no que a paciência vai ajudar, porque mesmo com paciência a vida toda nada muda e ela já tem 80 anos! Minha mãe tem isso a vida toda e não vejo como ajudar a não ser forçando a pessoa a sair do ambiente sujo e abarrotado de porcarias e gerenciando sua vida dia a dia! E isso é bem estressante!!

    • Realmente é difícil... Sou profissional da saúde! Já tentei ajuda com SUVIS (Supervisão de vigilância em saúde), mas muitos programas são para o marketing da cidade ou gestão de algum político. Realmente é difícil o convívio. Eu mesmo já até pensei em sair de casa, e deixar minha mãe com toda desordem dela aqui. Bom, mas tentarei mais um pouco tentar ajuda... pesquisar... e buscar alguma solução.

    • Mora com ela? Complicado o seu caso, eu também tenho uma mãe acumuladora. O que eu posso contar, felizmente, é a sua boa vontade em receber ajuda para limpar a casa... Isso é maravilhoso e vou me agarrar a essa esperança. É um alívio poder ler os problemas que vocês passam, para entender melhor o comportamento desequilibrado de um acumulador. Fico feliz por poder acompanhar os problemas de vocês para lidar melhor com o da minha mãe. Devemos criar um grupo de ajuda para conversarmos, trocarmos de ideias e consolos!
      Obs. A paciência é indispensável, para lidar com os seres humanos difíceis. Não é simples como jogar fora os objetos, pois pode incitar neles a agressividade e apego maior que antes. Traz mais sofrimento, porque os objetos tem um significado especial para eles, embora não consigamos entender, eles tem significado. Paciência, devemos nos conformar perante as dificuldades dos outros, e tentar ajudar no que for possível, dentro das nossas capacidades e experiências... Devemos ter conhecimento para lidar. Não é fácil, a minha mãe também resiste quando sugiro se livrar de tudo, mas ela diz ser disposta a jogar fora, se manter a casa organizada e com móveis que quer ter. Será que é o caminho? Ter o que ela espera para poder se livrar do resto? Veremos. Espero que você consiga convencê-la ao menos só ajudar a limpar a casa, já é um pequeno passo para ganhar a confiança para dar o próximo passo que é classificar os itens, e assim por diante, como orienta o blog.

      Grande abraço!

    • Nossa parece até que está falando da minha mãe, paciência não resolve nada, com o passar dos anos fica cada vez pior infelizmente a pessoa acaba ficando sozinha

  • DO OUTRO LADO........
    Minha mãe era uma acumuladora , sempre juntava coisas que iria doar para alguém , costurar, consertar , arrumar , enfim levar para alguma amiga , mas isso nunca acontecia , bom sai de casa fui morar com uma irmã (tenho 3) extremamente organizadas , nada fora do lugar , nem o lençol em que dorme pode estar solto.
    O tempo foi passando me casei tive filhos, me separei , até que me percebi juntando coisas , muitas , caixas , latas, revistas , roupas...... demorou bastante para eu perceber que também havia me tornado uma acumuladora, bem o que quero partilhar com vcs aqui é o sentimento que envolve todo esse processo. Ninguém acumula porque quer, existe um amor apego naquele objeto guardado, a pessoa acredita mesmo que vai fazer algo legal e positivo com aquilo que ela guardou , nunca consegue ver como lixo ou coisas imprestáveis , é um processo muito mais intrínseco e profundo , envolve várias coisas , e não existe solução apenas a consciência e o controle. O principio da ajuda para ambos os lados é buscar ajuda a si mesmo , para que possa conviver com o caos do acumulador, procure manter o seu espaço organizado e limpo, convide-o de vez em quando para estar nesse espaço, não julgue, não condene , apenas deixe-o desfrutar do espaço organizado por alguns minutos que seja, fazer uma refeição em uma mesa limpa e muito bem arrumada. Pode algumas vezes perguntar num tom cordial se ele não sente falta do frescor da organização, vc irá se surpreender com a resposta........

  • E no caso de uma familiar pedir ajuda ao vizinho para jogar todo aquele mega lixo que foi juntado. A qual orgão eu deveria entrar em contato?

    • Gente minha mãe é acumuladora me indentifico em todos os comentários, mas ela acumula e tem compulsão por tudo remédio, é hipocondríaca também, ela tem remédio do lado da cama, do lado da mesa encima da mesa...já tem três roupeiros só para guardar roupas e tralhas e não conseguimos nem andar dentro da casa dela(casa toda, quarto cozinha, banheiro, garagem). Ele faz terapia , mas os psicólogos falam que tem que ir com calma aí eu penso : calma, até quando? acho que esse processo já fazem mais de 15 e ela já está com 76 anos...Já tentei ajudar com o consentimento dela consegui deixar a cozinha em ordem depois ela foi inventando desculpas, não permitiu eu ir limpando o resto da casa, desisti. Nem entro mais dentro da casa dela, quando vou lá , só ficamos na rua conversando sentadas.. E se tentar tocar no assunto com jeitinho ou sem jeitinho sempre da stress. Desisto se ela é feliz assim.
      Só que vai ter um momento que a opinião dela não vai pesar mais. Porque vai ter que ter a interferência de algum órgão publico porque a situação está ficando insalubre já.
      Sem contar que acarreta as dificuldades financeiras...por conta de tanto remédio e roupas e sapatos. Difícil.

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