Já percebeu que tem vezes que você simplesmente não consegue fazer uma boa escolha? Que você está sem forças para fazer o que sabe que seria o melhor? Esta situação chama-se esgotamento do ego e aqui vão umas dicas para evitar isso.
Imagine que você ganha, todo dia ao acordar, 100 moedas de autocontrole. Cada vez que você tem que usar sua força de vontade, exercer autocontrole ou paciência, você gasta moedinhas.
Teve aquela manhã difícil levantando as crianças e arrumando-as para sair de casa a tempo para ir para escola? Dez moedas. No café da manhã ignorou o bolo de chocolate na geladeira e optou pelo café da manhã saudável? Cinco moedas. Chega no trabalho e tem que encarar uma reunião chata? Dez moedas. O colega do trabalho te irritou e você se controlou para não retrucar? Duas moedas. E assim vai seu dia.
O que acontece? Logo, logo acabam suas moedas. Você chega a um ponto em que não tem mais paciência, nem força de vontade. Dali para frente você dificilmente vai fazer boas escolhas ou terá um comportamento adequado aos seus objetivos mais nobres. Na psicologia este ponto chama-se “esgotamento do ego”.
Este clip do desenho animado “A Vida Secreta dos Bichos” é um exemplo hilário de esgotamento do ego: https://www.youtube.com/watch?v=lBkHxJazRV4.
Como lidar com isso?
A primeira coisa é o poder do conhecimento. Sabendo que este processo é natural, você não vai ser pego de surpresa com sua fraqueza e eminente perda de controle ou paciência. Você começa a tomar ciência das “moedinhas” em mãos e percebe quando está gastando mais do que pode, ou seja, que está correndo o risco de as moedinhas acabarem antes do dia acabar.
No caso do gatinho acima, você sabe que não vai se controlar. Então, de duas, uma: ou come logo um pouco ou sai da casa! Porque, quanto mais resistir, menos força terá para ceder ao desejo com restrição.
Leia Mais: A angustiante condição humana de ter que fazer escolhas
A segunda técnica é propositalmente evitar situações que exigem autocontrole ou o mero fato de ter que fazer escolhas. Por exemplo:
1) Não tenha em casa comidinhas que não deve comer, especialmente não assim tão facilmente acessíveis.
2) Deixe seu dia programado o máximo possível: horários, onde vai comer, o que vai fazer à noite… Quanto mais já tiver decidido, menos terá que decidir, menos “moedas” vai gastar.
3) Já tenha a roupa que vai usar no dia escolhida.
4) Já tenha determinado se vai fazer exercício naquele dia, onde vai, com que roupa, fazer o quê e em qual horário.
Pesquisas mostram que cada escolha gasta moedinha. Vi um caso de um jovem, dinâmico e bem-sucedido empresário que só tinha roupa preta, com as mesmas calças e camisas, para não ter que gastar neurônios decidindo o que usar no dia. Ele sabia que seu desempenho diminuiria se tivesse que gastar energia mental escolhendo o que vestir.
O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, falou que propositalmente só tinha roupas cinzas e azul-escuras para não ter que escolher o que usar, consciente de que precisava resguardar seu poder de decisão para coisas mais importantes.
A terceira dica é mais profunda, mas bem poderosa: seja cada vez mais você. Não o você todo errado, mas o verdadeiro você aperfeiçoado.
Não gastamos moeda alguma agindo de forma natural. Por exemplo, se me oferecem uma picanha, não há esforço algum de minha parte, pois naturalmente quero comer comidas que não envolvam animais mortos. Se me oferecem um cigarro, igualmente. Não exige controle algum de minha parte – nada tenho a ver com este hábito nocivo e nojento. Eu naturalmente quero me exercitar. Faz parte de meu dharma, de quem eu sou. Assim, não requer um uso de força de vontade incluir exercícios físicos na minha vida. E por aí vai: dar aulas, escrever, meditar, orar, dormir cedo… tudo isso já é parte integral de quem sou, então acontece naturalmente, sem eu ter que gastar “moedinhas”.
Incorpore sua identidade superior. Seja a pessoa racional e saudável que naturalmente quer comer bem, manter sobriedade e fazer exercícios. Assuma profundamente esta identidade. Medite porque é natural para você meditar hoje em dia, não apenas porque acha que será bom para você no futuro.
Em suma, seja hoje, profundamente, esta pessoa que você antes almejava ser no futuro.
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Genial! Precisava ler algo do tipo. Adoei a matéria!!