Estudo realizado por Moran Cerf, professor de neurociência e negócios da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, revela que os cérebros conversam entre si sem que a gente perceba.
Há mais de dez anos, o professor vem investigando como as pessoas tomam decisões, baseadas não só no ponto de vista comportamental, mas analisando exames de eletroencefalogramas. Na pesquisa, Cerf descobriu que quando as pessoas passam tempo juntas, suas ondas cerebrais começam a se parecer e, em determinados casos, podem ser absolutamente iguais.
“Duas pessoas que assistem aos mesmos filmes, leem os mesmos livros, que compartilham as mesmas experiências e que, além disso, conversam entre si, começam, após duas semanas, a mostrar padrões comuns em linguagem, emoções e até pontos de vista. Estas experiências produzem um alinhamento entre os cérebros”, explica Cerf.
Segundo o neurocientista, o estudo também revelou que há pessoas que, embora tenham passado por experiências muito difíceis, possuem uma incrível habilidade de usar o cérebro para reinterpretar estas experiências.
“É difícil começar a reinterpretar a realidade de uma determinada maneira quando você nunca fez isso antes. A ferramenta mais eficaz para isto é rodear-se de pessoas que possuem essa habilidade. Se você passa tempo com essas pessoas, vai começar, progressivamente, a se sentir mais feliz. É algo que vai ocorrer naturalmente, não é preciso fazer conscientemente. Essa é a vantagem do alinhamento cerebral”, aponta.
Portanto, estar entre pessoas que geram um impacto positivo para o cérebro é uma forma de ter uma qualidade de vida melhor e estar mais preparado para lidar com situações difíceis, gerando menos “traumas” e dissabores. É estar mais forte. E é estar com quem, realmente, vale a pena!
*Na imagem: Valerie Jane Morris Goodall, conhecida como Jane Goodall, é uma primatóloga, etóloga e antropóloga britânica. Estudou a vida social e familiar dos chimpanzés em Gombe, Tanzânia, ao longo de 40 anos.