No mundo em que vivemos, os chamados “males da modernidade” são considerados como os grandes vilões da nossa qualidade de vida. Sendo o principal vilão da vida moderna, o estresse é cada vez mais frequente.
Somos bombardeados diariamente pelo excesso de informação, não necessariamente benéfico para nossa apreensão real do mundo. O consumismo exacerbado que atinge quase todas as camadas da população pela simples ideia do “ter” e do “ser”, movidas pela propaganda.
Você já parou para pensar que eles podem ser a causa real da obesidade?
Essa epidemia de valores que são injetados na sociedade moderna resulta em sérias consequências não só para a saúde, física e mental das pessoas como também, psicoemocional e espiritual.
Numa sociedade cada vez mais em busca da competitividade e da ordenação da vida social, a qualidade de vida cede seu terreno em face dessas pressões, criando relações prejudiciais.
Desta forma, contra essa avalanche de rotinas e da “correria” contra o tempo em que a maioria das pessoas diz estar vivendo, são impostas para elas todos os males e problemas que antes não afetavam o dia a dia de sociedades anteriores.
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O stress, a depressão, as fobias, os transtornos, traumas, o medo, a ansiedade, a violência e os problemas de saúde, são hoje, elementos presentes e permanentes para a vida de milhões de pessoas em todo mundo.
As pessoas estão expostas a situações insalubres que acarretam em sofrimento. Tudo isso graças a bombardeio viral, que acaba comprometendo seriamente a nossa qualidade e expectativa de vida.
Obesidade, doença do século XXI
A obesidade é uma das doenças que nos atingem devido a um cotidiano insalubre.
Sendo um dos transtornos mais comuns no século XX e XXI, está entre os mais difíceis de tratar. Por mais que, nos últimos anos, houve avanço da medicina tradicional ao buscar alternativas de combate ao problema, os caminhos percorridos pela ciência ainda estão aquém sobre as principais causas e implicações.
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Dados recentes demonstram que a obesidade era simplesmente o resultado de um estilo de vida, levado ao sedentarismo. As pessoas obesas recebiam a culpa pelo seu modo de vida que desviava-se do padrão de beleza imposta pela sociedade. Depois, viu-se que fatores genéticos também poderiam ser incorporados nas causas originárias.
Hoje, os médicos comprovam que inúmeros fatores podem ocasionar a doença. No entanto, é importante que fique claro que a herança genética apenas indica uma tendência. Ou seja, ela não é fator determinante para o desenvolvimento da obesidade.
Mas, qual é a causa real da obesidade e suas consequências?
Primeiramente que a obesidade é um tipo de situação clínica de saúde que não faz distinção entre faixas etárias, classes sociais, etnia e gênero.
Tanto é assim que não existe classificação de grupo de risco de vítimas dessa realidade.
A obesidade, mesmo que não seja uma situação de saúde recente ou moderna, ela pode atingir a população como um todo.
Estudos estatísticos (da Organização Mundial da Saúde) comprovam que no ano passado, aproximadamente, mais de 2.500 milhões de pessoas estão dentro do quadro de obesidade.
Existem fatores conhecidos que desencadeiam como:
•transtornos hormonais;
•transtornos nervosos;
•rotinas estressantes;
•mudanças bruscas de vida;
•traumas, que acabam contribuindo para problemas maiores, como a falência de órgãos, e até a morte.
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A obesidade não é um problema estético e não se restringe apenas à saúde física. Ela é um problema social muito sério que se agrava ano após ano, e na verdade, muito pouco se avança para amenizar os números.
Porém, além dos fatores reconhecidos pelos acadêmicos, estudiosos e pesquisadores dos transtornos da obesidade, que envolvem cirurgiões, endocrinologistas, cardiologistas, nutrólogos, psicólogos, e toda a rede de especialistas no assunto, há os fatores como a interação entre os processos mentais com o físico, que ainda estão no início dos estudos, já promovendo novas descobertas.
Já é reconhecido que a obesidade (mas não somente esta doença, mas outras como o câncer) também sofrem influência direta dos estados psicoemocionais da pessoa. O risco de aumentar ou desacelerar o processo de enfermidade nas pessoas com obesidade vai depender do grau de vulnerabilidade em relação ao seu estado mental, emocional e espiritual.
Estudos comprovam que esse fenômeno se associa a depressão e ao stress, por exemplo, indicando uma relação significativa entre a mente e o corpo físico, que certamente afeta os resultados dos tratamentos. Está claro também que a relação entre os múltiplos estados individuais com o âmbito dos hábitos alimentícios e sociais (culturais) criam um universo próprio.
Por exemplo, estados depressivos podem subir o grau de cortisol no organismo, aumentando assim, o nível de gordura em toda a faixa abdominal. Não obstante, aquilo que causa pode deteriorar ainda mais, criando uma bola de neve e piorando cada vez mais o quadro. Ou seja, a depressão causará não apenas a obesidade, como também a discriminação social, o que acarreta em mais sofrimento, autopunição e agravamento da doença.
O tratamento da obesidade deve ser feito tanto no nível físico quanto mental
Neste contexto, o problema da obesidade possui fatores que são visíveis esteticamente, e por si só medicados ou diagnosticados superficialmente, e invisíveis, de origem sistêmica e holística, ao mesmo tempo.
Ao tratarmos a doença de forma sistêmica e holística, passamos a observar que não somente (e não menos importantes) prognósticos em dietas, exercícios e remédios podem ajudar no problema, mas a consciência da totalidade, que diz respeito ao corpo em suas múltiplas esferas podem, e muito, reprogramar as condições reais de saúde.
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Este mecanismo que age de forma holística, resulta na identificação em todos os âmbitos, da terapia ontológica do ser. Técnicas antigas como o mindfulness (meditação budista) que consiste em dar plena atenção ao que o corpo está produzindo, como consciência corporal dos sintomas, a hipnose, os tratamentos complementares de terapias holísticas, se encarregam de assinalar os caminhos de integração dos centros psicológicos, cognitivos e físicos do paciente.
Desta forma, podemos inferir que a condição atual do modo de vida social e cultural, ao processar a formação de nossos modelos e referenciais, está totalmente divorciada daquilo que nós somos enquanto seres (multidimensionais) e do que superficialmente aspiramos ser.
Essa noção de vazio sugere que a nossa capacidade de optar pela abundância material, é refletidamente inversa à capacidade de gerar benefícios estruturais. Essa compensação insatisfatória é uma das principais causas da ausência de plenitude em nossa vida e por isso, a sensação de vazio.
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A obesidade compreende, em grande parte, esse vazio que o mundo moderno alimenta todos os dias. Esse consumo de elementos que fingem serem de necessidade básica, travestidas de ideais e valores, são na verdade, consumos da insatisfação para uma compensação que busca a todo instante sobreviver.
Por isso a ideia de estar sendo constantemente alimentado, pelas sensações de prazer, via recursos alimentícios ou por aquisição de bens e informações. No entanto, a distância entre a nossa realidade e a do mundo virtual das sensações permanece inalterada.
Alterar radicalmente o modo de vida, as condições que são impostas pelo mundo dos valores da abundância é um passo para reconhecer que o alimento “espiritual” pode nutrir a carência nos dias de hoje.
Buscamos recolocar o ser no seu devido lugar de felicidade, identificando o que gerou tal transtorno. Acreditamos que assim é possível dar a cura completa. A obesidade é apenas um dos sintomas de algo maior, que impacta diretamente em toda a nossa vida.
(Autor: Dr. Mohamad Bazzi)
(Fonte: institutobazzi.com )
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Ótimo texto! Parabéns! Se esses conteúdos pudessem chegar as Escolas públicas e privadas onde os índeces de crianças e adolescentes que são diagnósticados com obesidade é relevânte, poderíamos evitar que esse mal continuasse a fazer mais vítimas. Até porque essas vítimas nem sabem o porque que são acometida e nem tão pouco como combate-las