Um novo fenômeno acontece nos Estados Unidos. Um crescente número de pessoas com mais de 60 anos, homens e mulheres, que procuram parceiros mais tarde na vida, e que querem manter um relacionamento íntimo, não o fazem sob o mesmo teto.

Esta nova modalidade de casamento conhecida como LAT (Living Apart Togheter, viver junto em casas separadas, em tradução livre), faz parte de um estudo de duas pesquisadoras de universidades norte-americanas que trabalham juntas em um laboratório denominado Loveafter60 (amor após os 60).

Casar e optar por morar em casas separadas, entretanto, não chega a ser uma novidade. Muitos casais decidem por esta modalidade, ou por necessidade momentânea ou por opção. Rita Lee e Roberto de Carvalho fizeram isso praticamente a vida toda. Eram vizinhos de apartamento, mas cada um com seu espaço. E eles não são exceção.

Os adeptos dizem que a prática fortalece o relacionamento, já que o casal só está junto e divide o mesmo teto quando ambos estão com vontade de se ver, preservando a individualidade e o espaço de cada um.

O que parece ser uma novidade, pelo menos nos Estados Unidos, é o fato de casais mais idosos também estarem optando por este arranjo familiar. Cresce a cada dia, segundo as pesquisadoras, o número de adultos divorciados e/ou viúvos interessados em ter relações íntimas com alguém, porém fora dos limites do casamento tradicional.

Segundo uma reportagem recente, eles alegam o desejo de manter a autonomia, a independência financeira, a manutenção da própria casa e a preservação da convivência com os seus próprios familiares (geralmente filhos, irmãos ou netos).

Talvez pareça estranho porque para a maioria das pessoas uma das vantagens do casamento é justamente ter a companhia do outro na velhice, momento da vida em que as pessoas começam a ficar mais tempo em casa, já aposentadas, geralmente com um círculo menor de amigos e conhecidos.

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Ter alguém para dormir e acordar junto, cuidar um do outro quando os filhos já criaram asas. Quando os dois moram em casas separadas isso fica mais difícil. O importante, porém, é que cada casal encontre a sua maneira de ser feliz a dois, independente da idade e de onde vão morar.

Fonte: Diário Catarinense

Autor: Viviane Bevilacqua

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