Essa noite pensei em você. Sorri ao lembrar o quanto é bom gostar de alguém, e compartilhar momentos que se farão eternos dentro de cada um de nós.

Talvez você já tenha um outro alguém para abraçar, beijar e chamar de amor. De qualquer forma, quero que você seja muito feliz.

Espero que encontre uma mulher que goste de ler. Especialmente poesias. Vejo que ainda gosta de uma boa rima. Tenho certeza que você ainda troca uma balada, por um piquenique no parque, ou uma matona de filmes e séries no Netflix. Então espero que ela seja tranquila. Espero também, que ela tenha senso de humor e te faça dar boas risadas. Aliás, continuo detestando minha gargalhada. Não sei como gostava dela. Espero que ela goste de reggae e MPB. Assim vocês podem trocar indicações, igual fazíamos. Lembra? Se ela gostar de Djavan, melhor ainda.

Do fundo do meu coração, espero que você encontre alguém que te faça feliz assim como você me fez durante o tempo que estivemos juntos. Queria ter ficado mais tempo contigo, confesso, mas tínhamos problemas que impediam nossa continuação. Você foi tão maravilhoso, entendeu meus motivos, e por isso, tenho tanto orgulho de ter sido sua namorada.

Duramos pouco tempo juntos, mas foi tempo suficiente para sermos felizes.

Lembra dos passeios que fazíamos? Você disse que não era muito de sair até me conhecer, e que neste tempo que estivemos juntos, sentiu-se vivo. Fico imensamente feliz por isso. Lembro-me também, quando disse que sempre quis apresentar sua namorada para a família. Tive a sorte de ter sido essa mulher. A primeira. Aliás, que família. Sua mãe é um amor. Sempre senti a torcida dela por nós.

Hoje, no ápice da nostalgia, me sinto privilegiada. Aprendi muito com você. Aprendi que a verdadeira felicidade está nas coisas mais simples. Na conversa da madrugada, na xícara de café quentinho, ou no parque com ótimas companhias. Tudo isso encontrei em você.

Espero que sorria ao ler essa carta, e espero também, que você encontre um amor tranquilo que te transborde.

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Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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