Família

Carta aberta aos que suportam os seus filhos e netos, mas pensam que os amam

“Eu observei ao longo de muitos anos, pessoas das mais diversas que tem comportamentos de desamor com os filhos e netos, assim como o contrário e isso me indigna como ser humano, ouvi essas falas de amigos e resolvi expressar a minha indignação pessoal com o objetivo de propiciar a reflexão das pessoas. Tudo o que disse é só baseado nisso, no fato de que acho que as relações humanas estão muito pobres, baseadas no suportar, não no amar, como podemos então ter esperança?”

As relações familiares são guiadas por desafios e conflitos.

O laço sanguíneo, muitas vezes não é o suficiente para gerar uma “relação”, muitas vezes, apenas a força.

O exercício da maternidade e da paternidade não são missões fáceis, de modo algum.

Mas as vezes, me convenço que num mundo ideal, as pessoas não nasceriam com a capacidade de se reproduzir, mas sim, deveriam conquistar tal capacidade!

Dentre as “relações” forçadas que vemos, existem em número surpreendentemente alto, as que são fruto de uma gestação indesejada, as mães nesse caso, muitas vezes desenvolvem um repúdio ao bebê em suas barrigas, dificilmente por não se acharem capazes de suprir as necessidades emocionais e materiais deles, o que seria pensar neles, nos bebês em questão.

Mas sim, porque “não estão prontas”, “a gestação atrapalhará os meus planos”, “tirará a minha liberdade”, dentre outros pensamentos, que costumam balançar do mesquinho e egoísta ao insensível e a falta de empatia.

Muitas mães, superam isso e com o passar dos meses e dos anos, passam a amar os filhos e se realizam no exercício da maternidade.

Outras, após décadas, são plenamente capazes de dizer sem escrúpulos, para o filho em questão ou para quem estiver perto: “- Eu não queria, mas eu tive e amo muito sabe?”

Ocorre que essa é a casca do suportar travestida de amor.

O amor nos seus diversos conceitos filosóficos, religiosos e teóricos, implica necessariamente querer o bem do ser amado, até mesmo o pondo em primeiro lugar.

Oras, que espécie de amor é esse, que com o passar de tanto tempo, ainda parte da premissa do repúdio inicial?

E o verbaliza (esse repúdio) frequentemente, como uma leve e sutil punição ao ser que foi gerado, quase como se a mensagem subliminar fosse: “- Não ande fora da linha, fui legal o bastante para te deixar existir, não me dê mais trabalho, por favor. Você me deve algo.”

Teóricos dos mais diversos apontam a relação da cuidadora primária, geralmente a mãe, como a base da saúde mental e da proteção as doenças mentais do indivíduo.

Crescer ouvindo esse contraditório discurso de amor e ódio proferido pelo ser que te deu a luz, chega a ser uma atrocidade.

Já que o atroz, só pode ser o que é maligno, cruel e capaz de ferir gravemente.

Essas mães repetem e se justificam: “-Mas eu amo mais que tudo, é sagrado para mim, meu filho é tudo.”

Mas não é bem assim, geralmente nos momentos ruins, a rejeição vem à tona, como quando a criança faz birra e chora de forma estridente, mas quando ela está limpinha, bem comportada, com lacinhos, e um vizinho no hall de entrada exclama: “- Que linda criança, “ o ego dessa mãe se infla e ela naquele momento, sim gosta de ser mãe e ama o filho.

Um amor fugaz e condicional, porque não é permanente, já que cheio de condições, como suprir as expectativas narcísicas dos genitores, até a volta dos pensamentos de repúdio inicial quando a criança efetivamente dá trabalho.

A prova da realização puramente narcísica que dá uma falsa sensação de “amor verdadeiro” manisfesta-se sutilmente, em situações de discurso e em expressões faciais.

É o cúmulo do pequeno, do medíocre ouvir uma mãe disputar com o pai, exclamando ferozmente: “-Ele parece comigo!”, -”Não, comigo!”, “-Mas a fulana disse que os olhos são meus…”, é possível até fisgar esse padrão de massagem egocêntrica ao ler num post numa rede social: “-O bebê parece com você.”, e a mãe comentar embaixo, “- Obrigada, só você disse isso.”

Porque ela precisa tanto disso? Se o amor é verdadeiro, a aparência da criança é o que menos deveria importar, corretor? ou utópico?

Bom, quantas mães murmuram e dão indiretas do quanto estão estafadas? Com sorrisos de canto de boca, alegam: -”Só eu faço isso, o pai não.” Claro, em nenhum momento ela avaliará os desaforos e horas extras que o marido faz para pôr comida na mesa, para ela ficar em casa com o bebê, do qual tanto reclama!

Outro comportamento comum, hoje em dia é ao vermos avós que auxiliam na criação dos netos, geralmente as que tem condições financeiras superiores, empregada, casa própria, exclamam com emoção a hipótese de buscar o menino na escola! Afinal criança é uma benção. Mas as que tem condição financeira inferior, muitas vezes pensam e confessam com exclamações cifradas: “- Quem mandou eu ser avó? Eu cuidei dos meus, não pedi nada a ninguém…”

O que prova que até o dinheiro pode interferir na relação que deveria estar acima de tudo, no vínculo tão profundo de ser mãe e avó.

Novamente, a criança é suportada pelo laço sanguíneo e há uma fala que dá a impressão de amor.

Que amor é esse, que suspira de alívio ao deixar a criança na escola e secretamente pensar: “- Agora terei uma tarde de paz!”

Existe o movimento contrário, assim como o repúdio inicial, na gestação pode não ser trabalhado e virar esse falso amor, que só promove uma auto-afirmação, uma aprovação social e um leve parabéns que a mãe dá a si própria, há o repúdio terminal, caracterizado por filhos e netos, que não conseguem nem sequer suportar ou viver esse falso amor e motivados pelas mesmas mesquinharias que levaram aquela mulher a não querer ou verbalizar o não querer do filho que “tiraria a sua liberdade e a encheria de preocupações”, esses filhos e netos, pouco visitam, fazem um agá nas datas comemorativas e pagam os boletos de casas de repouso com um certo ressentimento, lá no fundo, na profundeza da alma, chegam a pensar: “- Poderia usar esse dinheiro para mim…”

Uma vez vi um mulher que disse com o peito estufado: “- Sempre que vi crianças fazendo birra, saí de perto, não sou obrigada a aturar, mas agora os meus são impossíveis e eu vou fazer o quê?”

Lei do karma? Tamanha fala de misericórdia e compreensão com o outro, agora tem que suportar o seu.

Ouvi outra que disse que morre de nojo de trocar uma fralda que não seja do próprio filho.

Mas achei curioso, que quando esse filho usou o penico no hospital, ela não achou que a enfermeira tinha que sentir nojo do ser que ela pôs no mundo! Uma criança é superior por ter o seu DNA? Desde quando?

Para encerrar com chave de ouro, quando o suportar vem à luz, o desconforto é tão grande para todos os envolvidos, que só sobra negar. “- Eu amo mais que tudo!” Então tá.

(Autora: Bonnie Hutterer)

*Artigo recebido através da nossa fanpage  Fãs da Psicanálise, que remetem à opinião do autor.

Fãs da Psicanálise

A busca da homeostase através da psicanálise e suas respostas através do amor ao próximo.

View Comments

  • Obrigada!
    Muito obrigada por esse texto. Por expor o que muitos sufocam por dentro. É muito difícil tomar coragem para falar da própria mãe. Então, obrigada por nos representar e falar por nós e quem sabe conscientizar mães por aí. Nenhuma criança mereçe ser "suportada". Nenhum adolescente e adulto merece ter suas vidas baseadas em traumas, em medo, insegurança. Crescer sem saber amar pois não foi amado.

  • Para né....amo sim, mais que tudo e daria a vida pela minha filha. Amar nao qier dizer que temos que "suportar" todas as coisas que o filho faz. Justamente estamos aqui para cria-los para o mundo. Dar amor, educação, saude, alimentação.... Negar algumas coisas tb faz parte de amar...

  • Só to vendo colocar a culpa na mãe aí. E o pai? Tem pai que finge que ama tb. Conhece os pais de Facebook? Então. Agora fala deles.

    • Totalmente apoiada! É só mãe que não é capaz de amar? Ah claro, pq é quase que uma OBRIGAÇÃO né.

      • as pessoas acham que lanços de sangue já é sinônimo de amor, pra mim é uma baita hipocrisia, família não tem que ter dna e sim amor puro, gostei da sua colocação

  • Gostei muito do texto. Fui uma dessas "crianças suportadas" e até hoje mantenho com minha mãe uma relação meramente social. Não me sinto filha e imagino que ela pense que foi uma mãe acima da média, é o que todas pensam. Mal sabem o tamanho da ferida que estão causando.

  • Esse texto desconsidera a mãe como um ser humano que falha, que tem necessidades, que precisa de um tempo consigo mesma e muitas vezes não tem. Esse texto é machista quando leva em conta uma única realidade, a de que o pai das crianças está trabalhando e a mãe fica em casa, passiva, "apenas" cuidando dos filhos e sendo sustentada pelo marido. Esse texto é preconceituoso quando supõe que a avó que tem condições financeiras lida bem com o fato de conviver com o neto, enquanto a que não tem vive insatisfeita por ter que dividir o pouco que tem. Esse texto é desprezível em todos os sentidos.

    Sou mãe. Amo meu filho. Sim, ele é uma criança ótima, inteligente, faz coisas que, mesmo quando pequenas e bobas, derretem meu coração. Sim, ele também é birrento, mesmo depois de eu ter aplicado várias técnicas para lidar com a desobediência e o choro incontrolável no meio do supermercado. Sim, nessas horas eu me irrito, quem não se irritaria? E ficar bravo, irritado não é prova de falta de amor. É prova de humanidade, capacidade de sentir.

    Entendo que algumas mães preferiam não ter o filho (tirando os casos de real falta de amor, alguém considerou que essa mãe pode estar depressiva, exausta, precisando de ajuda?). A maioria das mães vive é sobrecarregada e sem ter com quem dividir a carga. Alguém pensa em cuidar da mãe com a mesma intensidade e dedicação com que ela cuida do filho?

    Nós, mães, vivemos dois lados: o primeiro é o de amar o filho e o querer perto; o segundo é o de lidar com o fato de que a presença do filho e todos os trabalhos que ela agrega (ter que ficar de olho, zelar pela segurança, cuidar, dar atenção, cumprir horários) nos dificulta até mesmo de trabalhar para conseguir os recursos que nos permitiriam dar o melhor pra ele. Ser mãe, definitivamente, não é fácil.

    A propósito, eu amo meu filho mais que tudo.

    • Concordo plenamente com vc... Essa é mais uma idealização superficial que fazem sobre a mae e mulher.

    • Perfeita, simples assim!! Aliás a sua resposta deveria ser publicada e não este monte de sandices machistas e impensadas que foram tristemente publicadas! Obrigada por conseguir definir e expressar com tamanha justeza e elegância, coerência e acima de tudo, sabedoria, a opinião honesta da grande maioria - mães e avós reais!!!

    • Concordo com seu comentário. Muito bom! Eu me sinto aliviada quando meu filho vai pra escola. Isso não quer dizer que eu não o ame. Apenas é o tempo que preciso para cuidar de mim. Fazer minhas coisas. Fico aliviada porque sei que ele está bem. Aprendendo, brincando, interagindo com outras crianças. Ridículo esse texto!!!

    • Disse tudo, amamos nossos filhos mas nao somos de ferro, e outra coisa escolhemoa ser mae n somos.obrigadas a ser como ja foi um dia

    • Ao ler o texto imaginei que havia sido escrito por um homem.
      Não sou mãe , mas fui uma das "suportadas".
      Até hoje sou vítima das consequências desta criação e tenho medo de reproduzir com meus filhos este comportamento.
      Que Deus ajude nós mulheres nessa árdua jornada que é viver.
      Tudo é mãe ...tudo é a mulher...enfim

    • Perfeita observação!
      Ainda não tenho filhos, mas sou uma criança não planejada e, também,tenho amigas que engravidaram cedo. Esse texto não ilustra nem minha mãe, nem elas. Isso porque o texto excluiu muitas coisas e é baseado apenas na reflexão de uma pessoa. Essa pessoa deve estar com sentimentos mal resolvidos com relação a mãe dela e quer passar isso para outras. Esquecem que as mães são tão humanas, quanto qualquer outro ser humano. Elas não nascem mães, tonam-se . Essa transformação, exige aprendizado e tal ato implica em conflitos internos delas também.

    • Nossa! Eu estava me preparando para redigir exatamente tudo que você falou. Especialmente esse parágrafio: "Esse texto desconsidera a mãe como um ser humano que falha, que tem necessidades, que precisa de um tempo consigo mesma e muitas vezes não tem. Esse texto é machista quando leva em conta uma única realidade, a de que o pai das crianças está trabalhando e a mãe fica em casa, passiva, “apenas” cuidando dos filhos e sendo sustentada pelo marido. Esse texto é preconceituoso quando supõe que a avó que tem condições financeiras lida bem com o fato de conviver com o neto, enquanto a que não tem vive insatisfeita por ter que dividir o pouco que tem. Esse texto é desprezível em todos os sentidos."

      Antes mesmo de mães, somos humanas.

    • Da pra ver que ela é estudante ainda! Uma psicologa que assume uma verdade unica e generaliza...sei la...falta estrada!

    • Concordo com Vc. Esse texto é machista, fora de contexto e acima de tudo desprezivel! Não considera a mulher como um "ser humano" passivel de errar e que possui suas necessidades e angustias. Fora a parte que diz que "as maes não reconhecem as horas extras que o marido faz para ela poder ficar em casa com o bebe" Em que mundo a autora vive??? Hoje em dia a maioria das mulheres trabalham fora , cuidam da casa e dos filhos...talvez por isso estão exaustas!!! A autora deve ter um problema muito sério com a mãe para escrever com tanto ódio assim... Sempre gostei dos artigos desse site e me admira que tenham publicado um texto tão absurdo!!

    • Concordo, achei um texto que não leva em consideração inclusive o estafe das mães. Acho errado sim algumas coisas que já ouvi muitas dizerem inclusive na frente dos filhos, mas o texto é generalista demais. Mãe ama, mãe cuida, mãe dá a vida pelo filho, mas, mãe cansa, mãe vive, mãe tem carne, osso e é ser humano, como qualquer outro.

    • Parabéns Talitha! Exatamente como penso! Amo meus filhos acima de tudo, e sim, me estresso também, sou mãe, sou um ser humano.

    • Ufa! Alguém disse exatamente o que pensei enquanto lia esse texto. É recheado de machismo e de julgamentos, são muitos, muitos dedos apontados. fico aqui me perguntando se a autora é mãe...
      Sugiro a ela a leitura dos livros da Laura Gutman e do Winnicott, pra ver se ela começa a perceber que perfeição não existe, ainda mais perfeição materna. A Laura Gutman, inclusive, aponta que a super mãe, aquela que se dedica 100% para o filho, que nunca desejou (conscientemente) ficar sozinha e ter um descanso da maternidade, aquela que faz tudo conforme a cartilha da "mãe perfeita", também está assumindo um papel, um personagem que desenvolveu de acordo com o discurso de sua própria mãe e está cheia de sombras escondidas atrás dessa cortina de perfeição.

    • Exato Thalita, concordo plenamente com vc, que texto preconceituoso, e como colocaram abaixo, gostaria muito de saber se a autora tem filhos pois parece não ter noção nenhuma do que é a maternidade.

    • Francamente estava esperando no final do texto algo que resignificaria toda a baboseira escrita. Iniciei a escrita acreditando que fossem tecer uns argumentos bacanas, pq sim há diferença entre amar e suportar, e é real... Mas não da maneira como foi colocada aqui. Comecei a me achar uma ET ao final do texto, e ao ler os primeiros comentários: Será possível que só eu achei isso tudo uma grande besteira preconceituosa e superficial sobre a maternidade?

      Mas não, obrigada Talitha.
      Francamente, me decepcionou bastante esse texto nesta página que sigo. Um desserviço total!

      • Exatamente!
        Sou mãe, sou humana. Tenho altos e baixos. Trabalho, sustento sozinha. Amo meus filhos... E isso não significa que serei sobre-humana à ponto de olhar com olhos amorosos, quando as crianças estão se estapeando, quase matando-se umas às outras. Eu amo muito, sim! Às vezes detesto: também! Isso não significa que deixei de amar... Só coloquei todo o desespero para fora. Desculpe! Sem palavras para comentar esse texto... Respeito o autor (a), mas o achei absurdo, sem uma retórica verdadeira, porque julgar o tipo de comportamento de uma mãe, um pai, ou um avô (a), é querer ser detentor da natureza, contexto e vida de cada, e pior: querer lavar suas próprias frustrações diante dos laços que regem um lar. O íntimo de cada um, somente a Natureza (Deus) é capaz de julgar. Muitas coisas que dizemos é "da boca para fora". Affff

    • Seu texto exprimiu tudo que penso, conheço avós ricas que desprezam os netos.
      Meus filhos são minha vida, mas já me irritei e já senti vontade de no meio da birra fingir que não era meu. E que atire a primeira pedra a mãe que nunca se sentiu aliviada por deixar o filho na escola e ter uma tarde livre. Quanto julgamento dizer que isso é falta de amor. Preconceito ridículo de dizer que o pai esta trabalhando para sustentar, o pai da minha está ocupado com a própria vida e com as fotos que tem que postar no Facebook de excelente pai ausente. A mãe antes e depois de ser mãe é humana e isso não é termômetro de amor à um filho.

    • Conseguiu expressar o que eu pensei durante a leitura do artigo. A sociedade julga demais as mãe...Até o que falam agora é motivo de ser analisado, ah vá!! Por que não falam dos pais que só pagam a pensão se o juiz mandar? E os que só aparecem a cada 15 dias (caso não tenha uma viagenzina de fds com a namorada). E os que estão em casa só de corpo presente? E os que tiram a autoridade da mãe na frente da criança? E os que decidiram "abortar" a paternidade antes msm do nascimento? E os que agridem a mãe na frente dos filhos? E os que chegam bêbados, falam palavrão e não ajudam em nada em casa? Pelo amor de Deus, gente? Alguém já disse pra vcs o quanto a maternidade é difícil? O quanto de preconceito que uma mãe solteira sofre? A falta de empatia das pessoas? Os olhares tortos em ter que se ausentar do trabalho pq o filho tá doente? Cara, já chega! vamos ser mais empáticas. De dura já basta a vida. Eu hein.

    • Muito bom , concordo com vc! Não gostei do texto, desconsiderou a humanidade da "mãe" e além disse amar não tem haver com gostar ou não da situação! Sim muitas vezes suporto coisas que não suportaria por ninguém e se isso não é amor apesar de dos apesares ,apesar do cansaço apesar dos pontos negativo eu amo meu filho! E só por isso sou capaz de suportar tudo!

    • Obrigada pelo seu comentário porque já estava me preparando pra escrever o mesmo. Entendi o tocante do ponto, não acredito que generalize todas as mães, mas no caso das que tocam, não expõe o outro lado da situação, daquela com depressão ou cansada demais ou que tem a responsabilidade de criar filho e sustentar a casa sozinha e em momento nenhum fala da responsabilidade do pai na participação dos filhos. Pra homem é aceitável que ele não ame realmente seu filho, quando ele foi tão responsável pela existência daquele ser quanto a mulher. É uma problemática real, mas bem menos gente questiona esse posicionamento, as críticas vão todas as mães.

    • Nossa! Perfeito comentário! Deveriam publicar seu comentário em vez deste texto ridículo e utópico, onde as mães perfeitas existem e são aquelas que não tem vida ou sentimento que não seja seu amor pela cria...
      Até parece que como mães já não temos dúvidas e inseguranças suficientes...
      Parabéns!

    • E ainda tem a prepotência de se achar "fechando com chave de ouro"!
      Já achamos que não fazemos o suficiente... E vem essa agora... É pra acabar com o psicológico da mulher!
      Claro, para quem serve essa carapuça, porque a mim?! Não mesmo...

    • Busquem o nome da pessoa que escreveu o texto. É bom para contextualizarmos. Ela vive em uma realidade beemm diferente da nossa, pelo menos da minha: ela é sugar baby.

      • Eu li, e vi que ela morou com o namorado que propôs ajuda la financeiramente até que ela terminasse a faculdade, e qual é o problema nisso?Ela vive/ viveu com um namorado que aceita e ambos tem/tinham um acordo em comum, de resto o mundo seria bem melhor se cada um se preocupasse com a própria vida e não alimentassem um sentimento chamado inveja, afinal, goste vc ou não, á pessoas no mundo que vivem uma realidade diferente da sua por opção, cada um com suas escolhas! E o texto reflete uma realidade, existem muitas mulheres que jamais deveriam ser mães, e muitos avós ressentidos por ai, por terem que cuidado de seus netos enquanto os filhos continuam curtindo a vida, conheço vários assim.

    • Concordo plenamente com você!!!!! Disse tudo. Muito gente deveria ter o seu texto, principalmente aquelas pessoas que não tem filhos e enchem a boca dizendo " Se eu fosse mãe faria diferente de você, seria a melhor mãe do mundo!". Falar assim é fácil, queria ver na prática.
      Tenho um filho adolescente e o amo muito...estou atravessando esta fase com ele e sei que lá na frente vai dar tudo certo. Todo mundo passa por crises. Tudo vale para o amadurecimento e crescimento e a satisfação de dever cumprido.

    • Extremamente machista!!!!
      "....em nenhum momento ela avaliará os desaforos e horas extras que o marido faz para pôr comida na mesa, para ela ficar em casa com o bebê, do qual tanto reclama!"

      Como assim?? Quantas mães precisam também aturar desaforos e trabalhar para pôr comida à mesa enquanto, alguns pais, julgam que em casa não precisam ajudar em nada só porque trabalham fora???

      Precisar de momentos de sossego faz parte da necessidade básica de todo ser humano o que não significa amar menos.

    • Comentário perfeito!
      Li tanta asneira no artigo que não consegui chegar ao final.
      Obrigada por salvar minha leitura.

    • Isso!
      Sem noção o papel que a autora pressupõe que a mãe deva ter.
      Fui criada por minha avó, que a vida toda disse essas frases descritas no texto, mas é a única pessoa que me ama de verdade e que é presente para qualquer coisa que eu precisar.
      Por outro lado, minha mãe de sangue, que nunca permitiu essas frases dirigidas a mim perti dela, é a pessoa mais ausente em minha vida.

    • Quando vi o título me assustei. Pois pensei " puts, só pode ser eu"

      Eu não sou mãe, sou madrasta.
      Aos 27 anos nunca planejei uma gravidez e sempre cuidei para isso não ocorrer por agora,
      pois ao contrario do texto, eu desempenho as mesmas funções de meus esposo dentro e fora de casa.
      Mas mesmo assim, em meu casamento, ganhei um " filho" de brinde, já com 5 anos de idade, cuja mãe já disse explicitamente ao tadinho que preferiria ter abortado ele do que olhar pra ele e enxergar o pai, meu enteado externa toda essa rejeição da mãe até hoje, ainda carrega na cabecinha dele que pode ser abandonado - sim ela é o esteriótipo do texto- , mas me cobro tanto em relação a educação do meu enteado que me pergunto várias vezes " será que estou fazendo o suficiente?" . Não sou mãe, mas cansa sim! É uma espécie de vigilância 24 horas ( vou dar de comer, vou ajuda-lo na tarefa da escola, vou ver se ele ja tomou banho, vou ligar em casa pra saber se o pai ja deu de comer, será que está com febre? e etc... ).
      Tive uma educação e um amor sem medidas da minha mãe, que foi muito carinhosa e ao mesmo tempo firme em sua maneira de me educar. Não tenho duvidas de como fazê-lo em relação ao meu enteado, mas me pergunto tanto onde posso melhorar? Me sinto as vezes insuficiente, porque , gente, amor de mãe, quem teve, sabe o quanto é maravilhoso, não?

      Sim, sempre escuto piadinhas do tipo " ah mas vc má drasta ou boa drasta"? Da vontade de responder : eu não pari, mas sou eu que cuido com o que tenho em mãos para cuidar.

      Já recebi tanto desaforo da mãe - ausente na vida dele- por emails e telefonemas, que sim isso interferiu no meu eu " mulher" , e de me sentir exausta numa situação onde - neste momento, agora,- sou eu que posso fazer alguma coisa e no entanto ainda não é suficiente ao olhos de quem deveria estar cuidando.

      Em meu caso, isso mexe sim com a cabeça da gente. Fora trabalhar, fazer faculdade, limpar casa, ter um negócio proprio pra gerenciar, sabe, minha felicidade é ter um esposo que divide todas as tarefas comigo.

      Me perguntei se minha exaustão , de pensar " preciso de um descanso , mas descanso emocional" é falta de amor. Só vivenciando mesmo pra saber como é.

      CONCORDO COM OS COMENTÁRIOS, ACHEI O TEXTO MUITO RADICAL EM SEM RELATIVIDADE, ATÉ TEORIAS PARA SEREM ARGUMENTADAS NÃO PODEM SER GENERALIZADAS.

      Pronto , desabafei.
      obrigada.

    • Eu estava pensando em escrever uma resposta, mas você leu meu pensamento e expressou exatamente o que senti ao ler esse texto pobre e preconceituoso.

    • Talitha, obrigada por suas colocações. Comecei a ler o texto, e me senti desrespeitada. Como se alguém que não entende nada do assunto, quisesse apenas "lacrar" com algo tão sublime e delicado (em todos os aspectos) que é a maternidade.
      Texto machista, desrespeitoso e principalmente, capaz de alimentar dores que pessoas com algum tipo de problema emocional possa ter. Diria irresponsável, até!

    • Obg pela observação, quando li o texto acima, me senti a pior mulher do mundo, pois sou dona de casa e dedico meu tempo a cuidar dos meus filhos. Apesar de não ter um trabalho remunerado, acredito que trabalho muito, fico cansada e acho perfeitamente normal e humano querer um tempinho sozinha, o que não significa que não ame meus filhos.?

  • Queria saber se a autora em questão tem filhos. Achei tendencioso o texto. Superficial e machista. As mães já carregam tantas culpas e agora mais essa!

  • Não concordo nem um pouco.
    Não se deve generalizar assim os fatos e sim, as vezes é muuuuiiiitooo cansativo cuidar e criar crianças.
    Considerando que ninguém é perfeito.
    Pense melhor antes de questionar o amor!!!
    Ou você é perfeita ou não tem filhos afffff

  • Texto totalmente fora do contexto do que é realmente ser mãe,texto machista ,utópico,ridículo e com certeza escrito por uma mulher com questões para resolver com sua mãe e ,expressou o que ela sente e com certeza não é mãe!!!

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