Já tive amores loucos. Efêmeros. Daqueles que até a chuva abençoou.
Na verdade, nem sei se todos foram tão amores… Será que posso chamar de amor os amores que nem foram tão amores assim?
Na verdade, sempre que possível, confundo paixões com amores, mesmo tendo ciência total da definição de cada um. É que existem paixões que se manifestam de maneira tão grande dentro de mim, que não haveria possibilidades terrestres ou oceânicas de elas não serem amores.
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Já fui ansiedade no amor, na vida, nos sonhos. Sempre quis viver todas as aventuras possíveis! Achei, burramente, que teria que viver em ritmo frenético tudo o que pudesse, até a juventude se esvair. Caso contrário, não teria feito jus à vida que tive.
Ah, como a maturidade é gostosa! Ah, como a maturidade faz o simples ser um eterno verão! Ah, como a maturidade é uma linda amizade de anos com alguém que você confia.
Mas o tempo passa, a gente aquieta o coração e observa como existem alguns prazeres que somente a calmaria pode nos proporcionar. Um café no sítio, um beijo na estrada com os vidros abertos, um filme na sexta à noite, e por que não no sábado também?
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Os amigos dirão que você é velho e que, daqui a pouco, seus joelhos não aguentarão mais sair de casa, mas deixe que os amigos falem, deixe que eles tenham carinho ou inveja, saudade ou preguiça de convidar você. A calmaria de um amor é assim: gera desconforto a quem não tem.
Eu não posso me furtar do quão genuíno é o que vivo. Hoje, procuro tranquilidade, tanto no trabalho quanto no amor. Na verdade, procuro um amor repleto de coisas simples; elas são o segredo da vida.
Não espero muito mais que compreensão no olhar, e sorrisos de ombros leves. Quero serenar na praia, no campo, no jardim de uma casa que ainda não tenho, mas já imagino como será. É louco, eu sei, mas sempre tive essa utopia de imaginar minha futura casa.
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Mesmo sendo um sonho, dito por vários, “feminino”, confesso que fico imaginando os detalhes, os abajures, o jardim, os cachorros, e, por incrível que pareça, até gostaria de ter uma horta. Talvez eu seja caseiro, ou estranho demais, vai saber…
Então, não desejo aviões, sejam eles mulheres ou obras da engenharia. Só alguém que olhe devagar para mim. Gosto de paixões assim, simples por serem o que são. Esse é o segredo da intimidade: ser leve para amar, mas, principalmente, leve para saber se deixar ser amado. Pois, com certeza, das coisas que podem ser simples, eu escolho o amor.
(Autor: Frederico Elboni)
(Fonte: eoh.com.br)
*Texto publicado com autorização da administração do site
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Vc não é o único!!! Este sentimento me espelha. pura essência de vida simples e um crescimento interior exemplar. parabéns Frederico. fiquei viajando no texto. infelizmente estou sem meu amor ou pode-se dizer minha paixão, que me abandonou... mas deixo ela partir pois eu amo-a!
paz e luz para nós.