Um dia desses, assistindo um episódio qualquer do Bob Esponja, lembrei-me de uma teoria que associava os 7 personagens principais do desenho com os 7 pecados capitais. Conversando com amigos, percebi que alguns ainda não conheciam a associação, e então decidi escrever sobre para apresentá-la a quem ainda não conhece.
Mas antes de qualquer assimilação, o que e quais são os pecados capitais? Como já imaginam, são sete os pecados, e têm origem em IV a.C., após São Gregório Magno e São João Cassiano os definirem como: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça. Recebem esse nome por “cabecearem” os demais pecados. Ou seja, os demais pecados cometidos pelo ser humano originam ou variam de um ou mais dos sete pecados capitais.
Dito isto, começo então com a teoria. O desenho gira em torno de Bob Esponja Calça Quadrada, mas existem outros personagens fundamentais para a trama. São eles: Patrick Estrela, Lula Molusco Tentáculos, Sandy Bochechas, Seu Siriguejo, Plankton e o bichinho de estimação do Bob, Gary.
Quem acompanha o desenho, ou já foi obrigado a assistir, já conhece os personagens e já deve até imaginar com qual personagem cada pecado se aplica. Mas para os que ainda não associaram todos, e querem entender melhor, aqui vai…
Preguiça – Patrick Estrela
A preguiça é uma amiga íntima, que domina o corpo das pessoas, impedindo-as de fazer as tarefas diárias, e quando não as impede, faz com que as tarefas sejam efetuadas com desleixo e lentidão. E o Patrick sabe bem como é isso. Levando a vida sem o menor compromisso, e frequentemente jogado na areia, este personagem já chegou até a ganhar um concurso de quem aguentaria fazer exatamente nada por mais tempo (2ª Temporada, “O Grande Fracassado Cor de Rosa).
Ira – Lula Molusco Tentáculos
O Lula Molusco é vizinho e colega de trabalho do Bob Esponja, e pode ser definido como um poço de mau humor. Mas toda a raiva acumulada do Lula pode ser muito bem justificada, uma vez que definitivamente não faz bem para a saúde ficar cercado por idiotas que vivem atrapalhando o seu lazer.
Soberba – Sandy Bochechas
Com a rotina cheia de bons hábitos, Sandy vive cuidando de sua forma física, e se orgulha disso, e de ter vindo do Texas, e de ser um mamífero, e de sobreviver no fundo do mar mesmo sendo mamífero, dentre outras coisas. É evidente toda sua preocupação com seu “status” e o leve desprezo que sente pelos outros animais do fundo do mar, por se achar superior pelas coisas que faz e por quem é.
Avareza – Seu Siriguejo
Ele é o Tio Patinhas da Fenda do Bikini. Tem uma sede absurda por dinheiro, e qualquer tostão que tenha que gastar já é um aperto para ele. O sofrimento é piorado pela sua filha Pérola, uma baleia super consumista que vive gastando o dinheiro do pai para impressionar as amigas.
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Inveja – Plankton
Dono do fracassado restaurante chamado Balde de Lixo, Plankton inveja o sucesso do Seu Siriguejo, e tem a vida resumida em roubar a tão preciosa fórmula do hambúrguer de siri (o prato mais cobiçado do Siri Cascudo).
Gula – Gary
É comum você ouvir no desenho o Bob Esponja dizendo “tenho que alimentar o Gary” ou “não posso esquecer de dar comida para o Gary”. Gary é o caracol de estimação do Bob, e normalmente aparece comendo algo. E este algo pode ser qualquer coisa. Ele é incessável e com um baixo nível de exigência quando o negócio é se alimentar.
Luxúria – Bob Esponja Calça Quadrada
Até agora a maioria, se não todos, os personagens fizerem sentido com a associação, mas o que o Bob Esponja tem a ver com luxúria? Eu também me perguntei isto quando li sobre a teoria na primeira vez. Entendemos como luxúria o desejo incontrolável por prazeres carnais, mas em uma definição mais correta da palavra, ela significa “amor excessivo dos outros”, e se isso for realmente verdade, a luxúria cai muito bem ao Bob Esponja.
Esse personagem tem o hábito de ajudar toda e qualquer pessoa, independente da situação, e independente se a pessoa quer ajuda ou não. Por vezes ele deixa suas coisas de lado, para ajudar um amigo, ou até mesmo conhecido. Alguns episódios chegam até a sugerir que ele não recebe por trabalhar no Siri Cascudo, e se recebe, não passa de uma mixaria. Sem sobra de dúvidas, Bob Esponja vive de amor pelos que vivem ao seu redor.
Se a teoria é verdadeira ou não, eu não sei, mas diversos fatos citados são bem visíveis nos episódios do Bob Esponja, e se for real, foi uma ideia muito bem bolada.
(Autora: Monique Costa)
(Fonte: nerdgeekfeelings)
*Texto publicado com autorização do site parceiro.