Comportamento

Às vezes a solidão é um presente

Vivemos tempos de relacionamentos voláteis. Hoje em dia frases do tipo “nos falamos” ou “temos que marcar alguma coisa” viram preenchedoras de lacunas ao nos despedirmos.

Paradoxalmente, atualmente, há muito mais pessoas no mundo, mas as relações estão cada vez mais apartadas.

Há um estereótipo acerca da solidão, no sentido de que ela nos faz tristes ou deprimidos. Faça você um teste e instale esses “pseudo aplicativos de relacionamentos” vulgo aplicativos facilitadores de sexo.

Você certamente com o tempo passará a apreciar mais o tempo com pessoas menos vazias e o tempo só. Nada melhor do que estar só e decidir escrever, aprender a tocar ukulele ou então resolver tomar um banho e ir ao cinema (!) ou a algum “PUB”, bar, balada, restaurante…

“Já pensou juntar um dinheiro, botar uma mochila nas costas e ir à Europa ou qualquer lugar do mundo sem rumo certo?! A solidão liberta!”

Pode parecer estranho num primeiro momento, mas não há nada como se sentir no controle e poder ser quem você realmente é. Não há nada melhor do que não ter que omitir coisas da sua vida ou tentar ser engraçado com algum par, só para agradá-lo. Não há nada melhor do que você mudar de ideia no meio do caminho e escolher o lugar que você gosta de frequentar para agradar-se a si e a mais ninguém.

Às vezes descobrimos que tudo o que precisamos é de alguns momentos a sós! Não que as companhias nos façam mal, haja vista que não sobreviveríamos sozinhos, somos dependentes de pessoas e ser bem relacionado proporciona oportunidades únicas.

Mas vezes precisamos de um momento para expurgar-mo-nos, e chorarmos por aquela droga de dia. Nada melhor que a solidão para que nos proporcione momentos para pensarmos, analisarmos nossa vida de longe, e decidirmos por qual caminho iremos seguir.

Albert Einstein, é um exemplo do que a solidão proporciona (além da genialidade que possuía), enquanto as crianças brincavam nos jardins, Einstein com sete anos já demonstrava o teorema de Pitágoras. Aos nove anos seus pais pensava-se que ele era um “retardado mental”. Na escola seu professor profetizou que ele não seria nada na vida. Einstein gostava de se isolar num veleiro ou caminhar pelas montanhas, eis que com 26 anos pulicou sua Teoria Especial da Relatividade.

O fato é que a solidão, se bem aproveitada, aflora nosso lado criativo, nos ajuda a sentirmos dores que escondemos do nosso círculo social, aclareia nossas ideias.

Não há nada tão gratificante quanto estar confortável na própria companhia.

Willian de Souza e Silva

Funcionário público, graduando em direito, amante da psicologia.

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Willian de Souza e Silva

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