Em terapia, fato comum quando a pessoa começa a se tratar é o enfrentamento com os recalques, que impede o acesso ao seu inconsciente buscando defender aquilo que se deseja mas se teme.

Freud falou dessa resistência à psicanálise para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelavam os desejos inconscientes e infligiam, ao homem, um “vexame psicológico” ao contrariar os seus valores.

O paciente resiste se enfrentar, defendendo-se, já que a queda da máscara narcisa e egocêntrica o desnuda e nem sempre ele deseja ser visto como é, mesmo porque é algo que ignora. Toda vez que uma pessoa, ao se confrontar com necessidades que não podem ser atendidas sem se confrontarem com seus padrões de ego ideal / ideal de ego e superego, haverá o processo de defesa /resistência.

Desta maneira, o psicanalista encontra no analisando uma operação de auto-proteção, chamada de “Resistência Avançada de Primeiro Nível”, aquela que impede qualquer acesso ao material recalcado. Exemplo: acting out, fugir do consultório, amnésia infantil ou adulta, reação terapêutica negativa etc…

Quando o terapeuta consegue quebrar essa primeira resistência, surge uma outra defesa exercida pelo ego para tentar manter sua estabilidade emocional intacta, a “Resistência Avançada de Segundo Nível”, quando o paciente contra-investe e não permite que o material recalcado flua para ser analisado. Exemplo: formação reativa, idealização, atuação, intelectualização etc…

Não é fácil reestruturar valores (ideal de ego) e eliminar os ganhos de atenção (primários) e recursos materiais (secundários) que o ego obtém ao adoecer psicologicamente. Por isso, o psicanalista deve, com habilidade, insistir em falar nos assuntos desejados, mas temidos pelo indivíduo, buscando exercer a persuasão, pela sua empatia e neutralidade (não julga, não desenvolve preconceitos).

Vencidas as duas etapas de resistências, o paciente trará à luz do campo consciente o material recalcado, permitindo sua interpretação e a sua perlaboração, destruindo seus efeitos patológicos, reduzindo suas tendências primitivas, permitindo a sua progressiva melhora.

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Desde que começou os estudos em Psicanálise e Psicoterapia, a jornalista, bacharel em Direito, mestre em Ciências Naturais pela Unicamp e doutoranda em Psicologia pela UCES Natthalia Paccola levanta uma premissa sobre a sua vida profissional: nunca aceitaria rótulos ou doutrinas acadêmicas. Mas é claro que sofre influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como autoridade em levar Luz para o Bem através de mídias sociais, no entanto,  tem sido os seus próprios seguidores, cerca de 10 milhões que passam semanalmente pela sua Fanpage, Grupos, YouTube, Site, Instragram ou Twitter.

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