Precisamos aceitar que algumas pessoas não foram feitas para nós, por mais que isso doa. Algumas pessoas entram em nossas vidas, aceleram nosso coração e partem, para nos lembrar que ainda somos capazes de amar, mesmo machucados.
Para reforçar que ainda podemos nos machucar mais vezes e ainda assim amar mais vezes, porque são esses dois sentimentos que nos mantém sãos… O amor e a dor.
Não é fácil desistir de pessoas que desejamos que façam parte de nossas vidas, mas às vezes se faz necessário. E desistir de uma luta do qual sabemos que jamais venceremos é um ato um tanto quanto maduro. É definir prioridades e saber deixar partir aquilo que sequer chegou a vir por completo. É saber se permitir ser feliz na busca da reciprocidade em vez de correr atrás de um amor morno.
Alguns amores não foram feitos para florescer em nosso jardim, mesmo que tenhamos insistido nisso. Aceitar, de fato, ameniza a dor.
Precisamos ser realistas e enxergar tudo o que nos cega. Precisamos entender que existe sim um outro lado para a moeda, e às vezes o lado mais valioso é o nosso.
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Nós também não fomos feitos para algumas pessoas, por mais que isso doa. E não adianta fingir, somos o que somos e o universo se encarrega de nos mostrar isso. O que nos falta, muitas vezes, é nos pertencer. Entender que somos primeiramente nossos, para depois pertencer a outro. E precisamos entender também que nem sempre esse outro estará pronto para pertencer a nós de volta.
Precisamos ter sabedoria para aprender com nossos erros, paciência para lidar com os erros dos outros e maturidade para reconhece-los. Mais cedo ou mais tarde entenderemos o porquê de alguns amores de transformarem em dores, mas antes precisamos vivê-los. Porque é dessa maneira que a vida nos ensina, na pele, com pancadas seguidas de curativos que embora pareçam seguros, parecem nunca cicatrizar a ferida. E a ferida se mantém aberta, até que uma nova forma de amar possa amenizar a dor, para em breve aumenta-la.
A vida é esse grande dilema e o amor é essa grande confusão dolorosa. Só colherá bons frutos quem estiver disposto a enfrentar os plantios difíceis, porque amar dói, mas dói mais não amar.