Comportamento

A verdade é que eu mudei. Não foi para agradar ninguém. Mudei por mim mesma

A verdade é que eu mudei. Não foi para agradar ninguém. Mudei por mim mesma. Acho que estou aprendendo a desbravar mais os caminhos, compreendendo mais o meu eu, compreendendo mais as coisas da esfera divina. A reflexão que faço da vida, das pessoas, das minhas atitudes me dão um direcionamento maior para as coisas que sinto que mereço.

Toda noite eu me deixo em conversas mais silenciosas, toco nos meus pontos mais frágeis e peço para que o coração se direcione. As coisas que transferi do emocional foram para lugares mais distantes. Compreendi que minha energia interna depende do que emito, penso, desejo.

De verdade, eu só penso em não machucar ninguém, não penso em atropelar os outros, não penso em fraquejar por obra de dias menos bonitos.

Aquela semente que plantei lá trás, germinou; a presença da fé se multiplicou. As coisas hoje são muito velozes, sentimentos esfriam. Por vezes misturam o pensamento fazendo com que eu evolua pelo lado mais racional, por vezes, desejando nada mais além de mim.

Pesquiso, crio, sinto. Mas ainda prefiro a batida que toca que comove que desliza feito sorriso que diz. Nada é mais importante do que eu me ver bem, com saúde, com menos dor, afastando moléstias que afetam minha estabilidade interna.

Estou projetando viver no hoje, estou projetando o presente que acontece e, por vezes, me chacoalha para que eu seja menos drama e mais satisfação pessoal. Amplio horizontes, não insisto na mágoa, no ressentimento, na junção de valores exteriores. Estou dentro de uma reforma sem prazo de entrega, mas dentro da capacidade de distinguir, de não trocar o certo pelo duvidoso, de sentir e continuar cativando a vida.

Tudo que inspira me inspira a ser melhor; tudo que perdoo é peso a menos na bagagem. Estou lutando e me dedicando, mesmo que ninguém me note. Eu não me concluo. Quem se conclui não entende que a vida é travessia e todos os dias recomeçamos e seguimos de onde paramos. Não temos como adivinhar o que vem por aí.

Uma vida pela metade é meia história. Os finais vêm do alto. Creio nisso. No lucro estou. A verdade é que eu já não me vejo como antes, por dentro, por fora, através do espelho. Tenho memória, tenho amor por mim. Não revido, não me explico, não procuro quem me entenda.

Essa gratidão generosa que envio ao universo é uma minúscula partícula que envio.

Sil Guidorizzi

Paulista, libriana. Escritora. Autora do Livro Amor Essência e Seus Encontros - Editora Penalux. Com seu jeito simples, enxerga a vida por um ângulo mais íntimo. Debruça-se sobre as palavras, e gosta de ser. Ser alguém que aqui veio para deixar um pouco de si com um muito de sensibilidade e imaginação em meio às coisas que escreve e sente. Deus a colocou onde deveria estar. Em meio às palavras, sensações e seus encantamentos. É colunista do site Fãs da Psicanálise

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Sil Guidorizzi

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