“Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo…”
Leia esse trecho tirado do livro O pequeno príncipe – Antoine de Saint Exupéry, e pense em seu significado.
Não há verdade maior.
Somos mais de sete bilhões no mundo. Sete bilhões em que muitos compartilham coisas em comum, e cada um com sua particularidade, o que nos torna únicos. Cruzamos com quantas pessoas diferentes diariamente? E o que as torna diferentes para nós mesmos? Somos apenas pessoas. Correndo atrás de seus deveres, cuidando de suas obrigações. Uma pessoa que você cruzou hoje sem conhece-la, não passa de mais um rosto na multidão.
Porém, o que torna uma pessoa especial, é a cativação mutua. O ato de criar laços é o que torna uma pessoa essencial. E a partir do momento que você é cativado, ou cativa o próximo, você se torna responsável por ela. Ou seja, de nada adianta ser especial para alguém, se você não está disposto a cuidar dessa pessoa. A ouvir, falar, e as vezes apenas estar por perto.
Pensando por cima, quantas pessoas eram especiais pra você há algum tempo atrás, e hoje não passa de um estranho?
Quanto a cativação é verdadeira, a pessoa passa a ser cem em um milhão. Passa a ser um motivo de sorriso, e uma razão para você ser uma pessoa melhor. Porque é isso que verdadeiros amigos ou amantes fazem. Cuidam, protegem, amam e entendem.
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E ser único para alguém, é um tremendo prazer. Entre tantas pessoas no mundo, alguém foi cativado por você. Entre bilhões, você se tornou único e especial. Arrisco a dizer, que é o maior prazer na vida de alguém. E é por isso que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.