Desde da sua fundação, por Sigmund Freud, nos anos de 1890, que a psicanálise tem tido uma vertente mais direcionada ao estudo do comportamento e da psique do homem.

Mas, ao longo dos anos, uma maneira pela qual os psicanalistas olham para seus pacientes mudou e foi positiva.

O foco hoje é garantir um estado de espírito positivo. Por exemplo, usar os melhores casinos de Portugal pode atuar como um grande inibidor do estresse.

Um presente com novas exigências

Nos dias que correm a psicanálise tem de se modernizar e adaptar-se à realidade em constante mudança, em função da digitalização das vidas das pessoas. É um grande desafio que, a argentina Virginia Ungar, presidente da Associação Internacional de Psicanálise (sendo que é a primeira mulher eleita para o cargo) terá de enfrentar.

Uma das suas ideias e que a psicanálise tem de ser terapêutica, e que o bem-estar do paciente tem de ser o objetivo final da ação do psicanalista. Apesar disto é claro que também importa, e bastante, que a recolha de dados, sempre que possível, para o desenvolvimento científico da compreensão da psique humana.

Desafios e mais desafios…

Um dos desafios que terão de ser enfrentados pela psicanálise nos dias que correm é, por exemplo, a existência de outras formas de “terapia” mental, muitas das quais não são sequer reconhecidas de um ponto de vista científico. Um exemplo é o conceito de mindfulness. O mindfulness caracteriza-se em tentar concentrar a atenção da pessoa no presente e no que o rodeia, concentrando-se apenas nisso e esquecendo o resto, tentando desta forma chegar ao bem-estar espiritual, mental e físico. Alguns psicanalistas veem este conceito como infrutífero, enquanto outros lançam duvidas sobre ele, ainda que não sejam contra.

Outro desafio, nas palavras de Virginia Ungar, é a incerteza do futuro. Este tipo de incerteza, potenciada por toda a conjuntura internacional, como as tensões entre a China e os EUA, o Brexit, as crises migratórias, ou as questões das alterações climatéricas, geram níveis de stress nas pessoas sem precedentes. E isto significa que os psicanalistas terão uma quantidade maior de trabalho pela frente, e terão de adaptar as suas técnicas para enfrentar estes novos desafios. As técnicas passadas não serão suficientes.

Falando na questão dos refugiados, as presentes crises migratórias representam também uma enorme instigação aos psicanalistas. Famílias são desfeitas, provações severas são impostas aos migrantes, que tem de atravessar condições muita das vezes desumanas. Sem falar da guerra, da violência racial que se vivencia em algumas zonas em guerra, todas estas provações deixam marcas profundas nas pessoas, que a psicanalise tem de ser capaz de abordar, e cuidar, curar.

Mais questões terão de ser abordadas pela psicanalise, às quais ela tem que tem de adaptar, com as questões do cyberbullying, das vidas falsas vividas nas redes sociais ou das relações difíceis com a educação (ou falta dela) das crianças.

São anos de uma intensa renovação da psicanálise, que não pode se esquecer dos seus tempos passados, e das suas técnicas passadas, mas necessita de se reinventar, de se adaptar, para responder a uma sociedade e a um mundo em constante mudança.

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