Qual foi a última vez que você foi ao banco pagar uma conta? Provavelmente, a resposta a essa pergunta seja: “não me lembro”. O veloz avanço da digitalização nos processos mais rotineiros da vida cotidiana tem transformado antigos processos em tarefas cada vez mais simples.
O mundo online não é apenas uma opção, é uma necessidade, já que o Brasil tem 152 milhões de pessoas conectadas à internet. Isso significa que 81% da população utiliza a rede para atividades profissionais ou pessoais, na maioria dos casos para os dois.
No setor bancário não existe concorrência, e o país é líder em digitalização na América Latina. Em um estudo realizado pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), foi apurado que as transições por meios digitais saltaram de 52% para 63% de 2015 a 2019. Já as transferências realizadas pelo celular cresceram 43% entre 2018 e 2019.
O setor financeiro não é o único que tem se adaptado aos novos costumes dos consumidores. Com o avanço da tecnologia digital e o aumento do uso dos canais online, a telemedicina conquistou a confiança de todos. Essa modalidade de atendimento já estava sendo implantada pelos centros médicos do país e ganhou terreno nos últimos anos.
Ela se mostra eficaz na redução das filas, evitando assim a superlotação nas salas de espera dos hospitais. Um bom exemplo dos benefícios dessa categoria de atendimento foi constatado na rede pública de Pernambuco: mais de 30 mil consultas foram feitas sem que os pacientes tivessem que se deslocar de suas casas.
Outro segmento que já mostra sinais de completa adequação com os desafios do mundo digital é o educacional. O conteúdo didático está otimizado para a internet, e as aulas são cada vez mais interativas e utilizam recursos tecnológicos para prender a atenção dos alunos. Além disso, os estudantes podem montar seus próprios horários e acessar o conteúdo em qualquer lugar com conexão à rede.
O crescimento da oferta e demanda foi registrado em um estudo realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). No intervalo entre 2009 e 2019, as vagas nos cursos superiores à distância aumentaram 378%. Essa expansão significa que o número de alunos na modalidade EaD subiu de 330 mil em 2009 para mais de 1 milhão e meio em 2019.
Todos os setores vão ganhando novas ferramentas e melhorando seus serviços com o avanço da tecnologia, no entanto, nenhum deles foi tão transformado quanto a indústria do entretenimento.
O modelo atual é o streaming, a transmissão de mídia contínua sem a necessidade de descarregar dados. Nesse terreno o Brasil é o segundo maior consumidor de conteúdo do mundo. No segmento de vídeo — que incluí séries e filmes — a líder no território nacional é a Netflix, com 52% do mercado. Em seguida aparecem a Amazon Prime (16%) e a Disney+ (12%). Já no campo de música e podcasts, o Spotify segue soberano com 31% do mercado global. Em segundo lugar aparece o Apple Music com 15% e em terceiro o Amazon Music com 13%.
Outra forma conhecida de entretenimento digital reside nos videogames e jogos online. Essa área conta com uma extensa variedade de plataformas, as mais conhecidas são o computador, consoles (Playstation e Xbox) e celulares. E as opções de títulos é quase infinita. O mercado é dominado pelas grandes franquias como FIFA, Call Of Duty e Battlefield. Alguns lançamentos como Apex Legends e Valheim também se destacam na lista dos mais vendidos.
Os mais clássicos também têm seu lugar no mercado. Os amantes do xadrez podem encarar desafios em rede em sites como Chess.com, enquanto os jogos de cassino, como o blackjack, são encontrados em diversas plataformas como o PokerStars Casino. E para aqueles que desejam repousar e cuidar de um jardim virtual ou até mesmo administrar seu próprio oásis existe uma lista de jogos desenvolvidos para relaxar.
É dessa forma que a digitalização vem transformando todas as esferas da vida, desde as tarefas profissionais até os momentos de diversão e lazer. As ferramentas tecnológicas oferecem facilidades inegáveis ao mundo que é cada vez mais digital e conectado.
