Você já percebeu a necessidade que temos de relações sociais? Com a rotina acelerada que enfrentamos nos dias de hoje acabamos deixando passar despercebido a necessidade de contato humano. Estamos sempre rodeados de pessoas: no nosso trabalho, ao buscar os filhos na escola, no transporte público ou privado, nos restaurantes, nas igrejas, nos estádios de futebol… estamos sempre rodeados de presença humana, e por isso não notamos a sua necessidade.
Mas em função do nosso atual momento, o período de isolamento, tem surpreendido a todos com a constatação: nós precisamos do outro. Mesmo para atividades que possam ser realizadas individualmente, nós sentimos a falta da companhia de outra pessoa.
E a graça de almoçar sozinho? Uma vez ou outra é interessante, alivia a nossa cabeça, mas já provou o gosto de viver dessa forma todos os dias? Já passou dias cozinhando apenas pra si mesmo? É a mesma coisa que cozinhar e ter uma refeição com a família toda?
E aquela série do que você começou a assistir junto com alguém? Mesmo podendo assistir só, qual a diversão nisso quando ele ou ela está a km de distância?
Sabemos que há quem aprecie a solidão e a própria companhia. Mas as relações pessoais, mesmo em diferentes intensidades, são importantes. Theresa May, primeira ministra britânica de 2016 à 2019, criou um ministério para cuidar do que ela chama de “a triste realidade da vida moderna” e, a partir disso, uma ONG inglesa lançou um vídeo com a seguinte pergunta: “você conseguiria passar uma semana sem falar com ninguém?”. Os resultados mostraram que 52% gostariam de ter com quem conversar, 51% sentia falta das risadas de alguém, e 46% se queixavam de não serem abraçados.
Qual a graça que existe em assistir um filme se não tiver com quem comentar sobre, fazer um bolo se não tiver quem experimente, limpar a casa se não há quem receber? Quando estamos em contato constante com as pessoas, não sentimos a necessidade delas e, às vezes, queremos mesmo é ficar sozinhos. Mas o isolamento social obrigatório nos mostra a veracidade do que dizia Tom Jobim: “fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”.
Autora: Ana Paula Almeida;
Fonte: educadoreslive
Imagem: Ivan Samkov
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