Um dos piores sentimentos que podemos experimentar é de ser rejeitado. Quando queremos ou nos sentimos parte de um grupo e então somos excluídos dele, parece que nossa vida se desmorona. Aqui vamos abordar como evitar ou superar este sentimento doloroso.
Somos seres sociais e por isso temos uma fiação interna que naturalmente clama pela inclusão. Dizem os amantes da teoria da evolução que isso se dá pelo instinto de sobrevivência, pois sendo excluído do grupo as chances de viver seriam remotas. Seja lá qual for a razão real, o fato é que a necessidade de ser aceito é profunda.
Nossa sociedade é complexa. Quando falamos de grupos, podemos nos referir a sociedade em geral, a família, a um grupo restrito de amigos, um time, pessoas que praticam a mesma religião ou hobby, ou a empresa. Podemos desenvolver, inconscientemente, o desejo de se sentir parte, incluso, em qualquer um desses. E, inversamente, causa dor se sentimos que somos excluídos por esses grupos.
E agora com a mídia social, ficou mais fácil que nunca se sentir excluído. Basta alguém lhe bloquear no WhatsApp ou desfazer a “amizade” no Facebook e pronto! Excluído!
Outro fator é que hoje tudo é muito fluído. Nossos relacionamentos, sejam de trabalho ou conjugais, amizade ou lazer, surgem e desaparecem com enorme facilidade. Muita gente, muita velocidade, e o resultado é muitas oportunidades para se sentir excluído quando um desses ciclos termina.
Mais do que nunca, portanto, você precisa desenvolver a habilidade de se livrar, e até mesmo evitar, este sofrimento do sentimento de rejeição e exclusão. E isso é feito trazendo seu foco para o dharma.
Foco é tudo. O princípio fundamental é que a qualidade de sua vida está inteiramente em suas mãos. E este poder é baseado em sua habilidade de escolher o foco de sua mente. Habilidade essa que precisa ser desenvolvida mais e mais.
O foco de sua mente determina se você estará ansioso ou em paz, feliz ou triste. A solução mestre para maximizar seu bem-estar é trazer o foco para seu dharma, para SEU COMPORTAMENTO. E nunca, nunquinha, o foco para o que os outros fazem, decidem, falam ou deixam de fazer, decidir e falar!
Pergunte-se: “qual foi o grau de entrega, de amor, que eu coloquei?”. Foco nisso. Isso que importa. E não pense “ah, eu coloquei tanto amor, tanta entrega e é assim que me recompensam?”. Não! Isso é mesquinharia. Você não fez para eles. Fez para você. Fez para Deus. Ponto final.
Se você coloca o foco em ser aceito pelo grupo, aí naturalmente vai sentir a dor de não ser aceito pelo grupo. Se, ao invés disso, você colocar seu foco em fazer seu melhor para o grupo, em honrar seus deveres no grupo, então só ficará triste quando não fizer isso bem. Se o grupo não mais o quiser não importa, porque seu foco era fazer seu melhor, não ser “aceito”.
O mesmo vale para relacionamentos. Se você está sendo o melhor que pode num relacionamento e mesmo assim a pessoa lhe rejeita, não precisa sofrer. Você fez seu melhor e é isso que importa. A satisfação está em fazer seu melhor, no aqui e agora. Agora se o foco era “ser aceito” pelo outro, aí vai viver em ansiedade. Vai desenvolver insegurança, inveja, ciúme e acabar ficando uma pessoa chata e infeliz.
A empresa lhe mandou embora? Tudo bem! O que importa é você. Você aproveitou seus dias na empresa para viver sua essência e fazer seu melhor? A cada dia experimentou a satisfação de fazer bem-feito e a gratidão pela oportunidade estar lá? Então, sucesso total. A empresa lhe mandando embora é uma porta fechando para lhe levar a outra porta que está abrindo. Novas oportunidades de aprimorar seu dharma ocupacional.
Veja toda exclusão e rejeição como um convite para novos horizontes. São portas se abrindo para você ficar ainda mais alinhado com seu dharma e em maior harmonia com sua verdadeira natureza.