Precisamos falar de depressão, especificamente formas não medicamentosas de tratar a depressão. Considerada por alguns especialistas “o mal do século”, está aumentando de forma alarmante. São mais de 320 milhões de deprimidos no mundo, a maioria mulheres. Um crescimento de mais de 18% entre os anos de 2005 e 2015, segundo o relatório global lançado pela Organização Mundial da Saúde. O Brasil é o país com maior número de diagnósticos da doença na América Latina: 11,5 milhões.
Primeiramente, depressão não é frescura! É doença, transtorno: o indivíduo deprimido possui alterações químicas no cérebro. Os sintomas principais são tristeza recorrente, pessimismo, problemas com autoestima, desânimo, irritação e, nos casos mais graves, desejos de morte.
O tratamento precisa ser multidisciplinar e deve envolver também terapias não medicamentosas. Os tratamentos com medicamentos não se opõem à psicoterapia, mas são complementares. A opção combinada é inclusive a mais indicada nos casos mais graves.
Mas vamos às dicas da vez: abaixo, citamos três formas de tratar a depressão e que não são remédios.
Consulte um psicólogo
Primeiramente: se você tem preconceito quando alguém fala que faz consultas psicológicas, você não está só muito errado, mas muito atrasado. Assim como o médico, o psicólogo e outros profissionais da mente também salvam vidas.
O auxílio psicológico, no caso da depressão, ajuda o paciente a ter mais consciência do processo e promove sua reestruturação psicológica. Como em qualquer área, encontrar o profissional certo faz toda a diferença. O auxílio, inclusive, é prescrito por especialistas antes do início do uso de medicamentos estabilizadores de humor em pacientes diagnosticados com depressão.
Busque ajuda. Atualmente, muitas pessoas procuram esse suporte psicológico para prevenção e manutenção da saúde mental.
Pratique exercícios físicos
Você deve reservar 1 hora do seu dia para praticar algum exercício físico que goste. Se disser que essa hora não existe, você precisa repensar seu estilo de vida. Não é de hoje que diversas pesquisas atestam os benefícios dos exercícios físicos para a saúde. Ainda assim, milhares de brasileiros estão sedentários. Mas não vamos desistir: seguiremos insistindo nesse assunto porque de fato o exercício físico faz muito bem para o cérebro.
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Um estudo realizado com idosos mostrou redução dos sintomas depressivos, melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida dos participantes. Outra pesquisa também comprovou a melhora dos sintomas da depressão leve e moderada com a prática regular de exercícios físicos, pelo menos 30 minutos por dia.
Exercite o otimismo
Claro que a vida nem sempre é um mar de rosas, e nem teria graça se fosse. Mas a gente precisa se esforçar um pouco para tentar ser mais otimista. O que você prefere: ficar o dia todo reclamando ou tentar enxergar as dificuldades como lições de vida e oportunidades de crescimento pessoal? Já até comentamos por aqui que pensamentos negativos são muito comuns em pessoas com depressão e outros transtornos mentais.
Pensamentos negativos, além de deixarem a gente angustiado, triste, são capazes de criar caminhos mentais nocivos e limitantes. No entanto, é preferível pensar que as coisas vão dar certo, que a tempestade vai passar e soluções para os problemas surgirão. Claro que falar é simples, mas começar a praticar desde já o pensamento positivo vai torná-lo um hábito.
Tratar a depressão sem remédios: conclusão
Essas são apenas algumas formas de tratar a depressão sem remédios: consultar um psicólogo, praticar exercícios físicos e exercitar o otimismo. Existem várias outras. Por exemplo, certos tipos de alimentos, musicoterapia e praticar meditação mindfulness. Esta foi capaz de reduzir a incidência de depressão pós-parto.
Vale lembrar que a consulta médica é indispensável para o diagnóstico da depressão. Como dissemos antes, é um transtorno comum no mundo todo e que tem aumentado de forma significativa.
Não tenha medo, busque a ajuda de profissionais capacitados. E lembre-se: cuidar da saúde do seu cérebro começa sempre com boas decisões.
(Autora: Daniela Malagoli)
(Fonte: meucerebro)
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(Imagem: Vlad Sargu)