A vida é demasiado curta para que te permitas ser medíocre. Perdoa-me, mas estar num emprego que não gostas ou te faz sofrer é mediocridade. Manter-te numa relação sem amor é mediocridade.
Agarrares-te ao passado para lamentar o presente é mediocridade. Negares-te a felicidade é mediocridade. Escolher por medo é mediocridade. Deixar de sonhar é mediocridade. Não ser grato é mediocridade. Depender emocionalmente é mediocridade. Não acreditares em ti mesmo é mediocridade. Viver sem tempo para nada é mediocridade. Existir exclusivamente para agradar aos outros é mediocridade. Mentires-te é mediocridade. Fugir do que sentes é mediocridade. Não te respeitares na mais pequena das tuas escolhas é mediocridade.
Na verdade, ser medíocre é passar ao lado da vida, é escolher sobreviver em vez de viver. É escolher ser o que nunca se quis ser. É ir para onde nunca se desejou ir. É continuar onde não se quer mais ficar. É suportar o insuportável e tolerar o que se tornou intolerável. É querer ser apenas como os outros.
No entanto, ser medíocre não é ser menos que alguém. É sobretudo não ser o que se devia estar a ser para si mesmo. É ser apenas aquilo que os outros lhe permitem de ser.
Na verdade, todo o medíocre teme a mudança, porque teme a vida. Quer muito, mas não faz quase nada. Perde-se em promessas e não cumpre nenhuma. É alguém que deseja muito fugir do sofrimento, mas não entende que o vive deste modo de uma forma ainda mais insistente. A mediocridade é sinônimo de medo, de fuga, de desculpas. Ser medíocre é aceitar fazer quase tudo em esforço, precisamente porque não se acredita ser merecedor de mais nada.
Para abandonar a mediocridade, a pessoa tem de se questionar sobre quase tudo aquilo em que acredita. Tem praticamente de rever todos os seus valores e princípios e ousar sair da sua zona pequenina de vida. Tem de passar a seguir aquilo que nunca ousou seguir, pensar como nunca quis e soube pensar, respeitar-se mais do que alguma vez o fez.
A dificuldade está aí, porque o medíocre nunca acredita nele mesmo, nem nas suas capacidades e talentos. O medíocre diminui-se na comparação com aqueles que acha melhores do que ele. Raramente se sente alguém capaz de algo grande e feito por si. Precisa constantemente de se sentir amado e aceite para preencher a sua carência afetiva e a sua necessidade de aprovação por parte dos outros.
Para sair da mediocridade, a pessoa tem de querer mesmo muito mudar de vida, porque as críticas e os julgamentos dos outros vão doer muito. Tem de ter consciência de que vai haver exclusão, rejeição, abandono, sofrimento, unicamente porque aqueles com quem convivia antes não vão aceitar a sensação de estar a ser diminuídos pela escolha de quem decide sair da mediocridade.
Sair de um grupo é uma maneira de mostrar que não se concorda com o grupo. Ninguém do grupo vai ficar contente. Ninguém vai aceitar facilmente uma “traição” destas. Essa é a razão pela qual muitos dos medíocres que tentam deixar a mediocridade desistem de mudar e voltam à mesmice da sua vida medíocre.
Ficar numa vida medíocre parece muitas vezes o melhor caminho para não ter chatices e viver em paz. No entanto, é precisamente o contrário.
Quanto mais se quer viver em paz através da mediocridade, mais esforço se tem de fazer para manter uma paz que nunca é paz. Normalmente, tem de se abdicar de muito de quem se é para conseguir viver no encalço dessa paz que nunca mais chega. O medíocre vive sempre na esperança do amanhã, porque não quer aceitar que a mudança se faz hoje. As desculpas que encontra são quase sempre colocando a culpa nos outros ou dizendo que não é capaz.
No final da vida, parte com a sensação de que a vida foi difícil e a felicidade foram pequenos e raros momentos perdidos no tempo, momentos que aconteceram, regra geral, antes dos seus 30 anos de idade.
Lembra-te disto: A vida é demasiado curta para que te permitas ser medíocre.
Pensa bem nisso e sai da tua mediocridade. A vida espera por ti, mas passa rápido.