Procurei me afastar de todos aqueles que um dia me fizeram mal, me sugaram ou me diminuíram. Mas por um longo tempo ainda fiquei presa a essa situação, por mais que o afastamento impedisse que ela se repetisse. E quando ficamos preso numa situação que já não mais existe, é porque não perdoamos sinceramente para poder seguir em frente. Levou tempo, muito tempo. Precisei adquirir maturidade, paciência, aprendizado. Mas consegui. E perdoar faz tudo se tornar mais leve.
Perdoar quem te feriu não significa aceitar novamente a ferida. Significa escolher seguir em frente sem amarras que te forcem a voltar. Olhar para o futuro sem pendências com o passado. Não é conviver nem se humilhar. É se permitir ser livre do ódio e purificar o coração. Perdoar é fazer o bem a si.
Perdoe, não porque o outro merece seu perdão, mas porque você merece a liberdade que o perdão traz. Porque remoer a mágoa é alimentar o ódio. Porque brigar com a consciência é manter a ferida aberta. Porque quem não perdoa não se dá o prazer de viver.
A lei de não fazer ao outro aquilo que não queremos a nós é algo que nem todas pessoas colocam em prática. Muitas vezes as pessoas podem ser cruéis por querer e em outras por inocência. Algumas pessoas não medem o peso de suas palavras e atitudes, simplesmente agem de acordo com seus princípios, esquecendo-se de ter empatia pelo próximo.
Nossos sentimentos vira e mexe viram brinquedo nas mãos erradas, mas com paciência exercitamos o perdão e nos permitimos aceitar o aprendizado. Não que perdoar seja uma missão simples e fácil, porque não é. Exige tempo e paciência. Mas não é impossível. Perdoar não é esquecer, mas aprender a conviver de bem com aquilo que um dia te fez mal. É extrair o maior aprendizado possível e reconhecer sua força em meio ao caos. Perdoar o outro é perdoar a si, não porque você se fez mal, mas porque remoer o mal alheio é alimento para que ele cresça dentro de você. O perdão é importante mais para nós do que para o outro.
Aprenda a perdoar, porque um dia você também precisará de perdão. Você não precisa conviver, nem esquecer, apenas perdoar e se permitir desfrutar dessa prova de amor próprio.