“A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.” – William Shakespeare
A raiva é um sentimento venenoso, capaz de contaminar o ambiente com energia ruim causando mal-estar e, às vezes, até uma cegueira momentânea que nos leva a tomar decisões estúpidas.
Algumas coisas frequentemente nos irritam:
– internet lenta
– um amigo que critica seu post na rede social
– pessoas que não fazem o que se comprometeram a fazer e atrapalham o seu projeto
– motoristas que insistem em dirigir a 20 km na rua em horário de pico
– parentes que insistem em criticar suas atitudes
Só para dar alguns exemplos…
Observe que a maioria das irritações está relacionada com a atitude (ou falta de atitude) de outras pessoas, portanto, cabe a VOCÊ permitir (ou não) que a atitude dos outros o incomode.
As pessoas estão cada vez mais intolerantes e incapazes de ouvir opiniões diferentes das que acreditam, a ponto de serem capazes de maltratar e bloquear amigos em redes sociais nos momentos de “raiva extrema”.
Algumas dicas para controlar a raiva:
Entenda que cada pessoa tem um “mapa mental”, pensa e age diferente de você, portanto, ficar na expectativa que a outra pessoa possa “enxergar com os seus óculos” seria incoerente e injusto.
Lembre-se de praticar o amor com essas pessoas procurando um diálogo sincero, de coração aberto, para esclarecer o mal entendido. Fuja dos confrontos, entenda que o fato de alguém pensar diferente de você não é suficiente para classificá-lo como seu inimigo.
Aceite seus amigos e parentes como eles são, sem criticá-los. Se você estiver “de cabeça quente” e sentindo muita raiva, respire profundamente para oxigenar o cérebro e afaste-se da pessoa até a raiva passar. Respire de olhos fechados por 1 minuto e em seguida, mude o seu tom de voz e tome cuidado com as palavras, evite machucar as pessoas nesse momento de raiva.
Sobre o perigo do uso das palavras, é importante lembrar a parábola da tábua e dos pregos:
Era uma vez um rapazinho que tinha um temperamento muito explosivo. Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. Disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém. No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradualmente. Ele foi descobrindo que dava menos trabalho controlar a ira do que ter que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua… Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse. Falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os outros.
O pai sugeriu-lhe que retirasse todos os pregos da tábua e a trouxesse. O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao pai.
Este disse-lhe:
– Estás de parabéns, filho! Mas repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua. Nunca mais ela será como antes.
Quando falas enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas. Podes enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá. Uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física.