Quando estamos na faixa etária dos vinte poucos, nos sentimos incrivelmente jovens. Quando a década fecha e passamos para os trinta, o mundo desaba e a crise existencial é inevitável, pensamentos do tipo “o que eu tenho feito de minha vida até agora?, não consegui obter metade do que havia planejado há cinco anos!, não me casei nem quero ter filhos, será que sou realmente feliz?” se tornam recorrentes e se acentuam quando você se dá conta de que está chegando aos trinta e cinco!

A imagem no espelho te faz lembrar de que é chegada a hora de começar a usar aquele creme antessintais e os alimentos que auxiliam na produção de colágeno são obrigatórios na dieta. Fato é que já nascemos nove meses mais velho, certo?

Então, por que temos medo envelhecer? Quando observo meus pais, tios e pessoas que já chegaram na melhor idade, ou seja, já atingiram a faixa dos 60 anos, também denominada gerolescência (porque terceira idade diz respeito aos que se encontram acima de 80 anos) e percebo a vitalidade que eles ainda apresentam, a lucidez e a vontade de serem produtivos entendo que o verbo envelhecer é mais natural do que imaginamos.

Não há como negar que o mundo está envelhecendo, porém de uma maneira mais saudável e ativa do que na geração de nossos avós. Definitivamente a pirâmide demográfica brasileira está mudando.

De modo geral, as pessoas que se encontram na chamada gerolescência, foram aquelas que lutaram por causas sociais, fizeram parte do movimento hippie, enfrentaram a ditadura e se fizeram ouvir com as Diretas Já. Não era de se esperar algo diferente, senhores mais ativos e que querem seu lugar ao sol com dignidade e respeito.

E nós, a chamada geração Y, como queremos envelhecer? Por que esse verbo passou a ter um grande pesar? Em uma palestra sobre longevidade ouvi que é necessário deixar de lado a concepção de que envelhecer é algo negativo. Saber equilibrar mente e corpo e buscar o autoconhecimento e auto respeito fazem parte dos pilares de uma boa qualidade de vida agora e futuramente. Logo, pratiquemos!

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Bióloga e Microempresária. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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