Qual a relação entre dinheiro e felicidade? Contrariando a ideia de que quanto mais, melhor, uma nova pesquisa feita pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, descobriu que não precisa ter uma carteira farta para ser feliz, mas de uma condição financeira estável envolvendo em torno de R$ 6.800.
A explicação é simples: de acordo com os pesquisadores, uma renda muito pequena evidencia problemas emocionais associados a aborrecimentos, como doenças, solidão e divórcio.
Estado de contentamento, alegria, euforia e de satisfação íntima… isso tudo caracteriza o sentimento de felicidade. Para alcançá-la, de acordo com a explicação da pesquisa norte-americana, você teria que desembolsar cerca de R$ 81.600 todo ano, o que, no fim das contas, não sai nada barato.
Mas, saiba que com algumas atitudes simples você consegue ficar mais próximo desse sentimento que faz tão bem e o melhor é que você não precisa gastar um centavo. Confira sete pequenos hábitos que você pode começar a fazer agora.
1.Aproxime-se de quem você gosta
Você é o principal responsável pela sua felicidade, porém, as pessoas que estão a sua volta te fazem rir, te dão apoio, carinho e, por isso, ajudam e muito o nosso dia a dia a ser mais colorido. E não é só isso. “Nossos amigos agem como uma rede de sustentação que alivia as nossas quedas. A eles pedimos e damos conselhos, quando não sabemos o que fazer. Pedimos e damos colo e ombro para chorar. Essas experiências são valiosíssimas porque fazem com que nossa dor seja validada”, explica a psicóloga Cecilia Zylberstajn. Por isso, não se esqueça nunca: nenhum homem é uma ilha. Procure manter seus amigos e sua família sempre por perto.
2.Participe de uma causa
De acordo com a pesquisa americana, o fator campeão de bem-estar é a religião, pois quem vai a igreja faz amigos por lá e compartilham de uma crença e objetivos comuns. Mais do que ser religioso, é importante ter uma causa, um motivo pelo qual você lute e acredite. A troca de informação e a convivência com outras pessoas que partilhem de opiniões parecidas e defendem causas semelhantes tem um impacto positivo e se torna mais um caminho para a felicidade.
3. Cuide da sua saúde
Comer melhor, dormir bem, movimentar o corpo, afastar o estresse, tudo isso são hábitos que favorecem a longevidade. Basta vontade de mudar. Para o cardiologista Bruno Ganem, hábitos saudáveis são capazes de melhorar a qualidade de vida e muito mais: fazem com que a pessoa fique otimista diante da vida.
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Os bons hábitos alimentares também promovem uma onda de bem-estar e boa saúde. A nutricionista Lucyanna Kalluf explica: “Sem uma alimentação equilibrada o organismo fica suscetível a males como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade e mau humor. Além do risco da obesidade e doenças cardiovasculares”, diz a especialista. Tudo isso é impeditivo para o estado de felicidade.
4. Não assuma tudo sozinho
Carregar o mundo nas costas traz dor, cansaço, desgaste e só. Quem tem o hábito de fazer isso precisa ficar atento e procurar alternativas para dividir as tarefas com as pessoas que querem e podem te ajudar. De nada adianta fazer tudo sozinho e ficar sem tempo para você mesmo. Divida seus problemas e funções, peça e aceite ajuda, trabalhe com prioridades. “Diante das situações, avalie e escolha sempre as melhores alternativas, aquelas que mais te interessam e são emergenciais. Deixe o que é menos importante para depois, lembre-se sempre que somos humanos e, portanto, limitados. Não conseguimos fazer tudo sempre”, afirma a psicóloga Mariuza Pregnolato, da Universidade de São Paulo.
5. Aprenda a achar soluções
O estresse vem quando estamos com o corpo e a mente sobrecarregados. Ele traz pensamentos negativos que, em menor ou maior medida, afetam o jeito como encaramos a vida. Ninguém é feliz 100% do tempo, os problemas sempre surgem e, em certa medida, são bons para “pregar os pés no chão”. Porém, o segredo é encará-los de frente, não deixando que eles causem desgastes. “Não gaste o seu tempo e a sua mente preocupando-se com os problemas. Em vez disso, ocupe-se trabalhando neles para resolvê-los e use sua mente com pensamentos positivos e um sorriso no rosto”, indica a psicóloga Mariuza Pregnolato.
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6. Cobre menos de si mesmo
Gostar de si mesmo é essencial para o bem-estar. “Para que estejamos bem, é necessário que estejamos sintonizados com nós mesmos. Na prática, isso significa relativizar a importância de tudo que nos atinge de fora para dentro”, diz a psicóloga da USP, que completa: “É preciso aprender a ficar, dentro do possível, imune aos golpes que a vida nos desfere vez por outra. Para isso, precisamos aprender a cultivar e a expressar nosso próprio modo de ser e apreciar a vida sendo do jeito que somos, sem procurar agradar a todos, até porque isso é impossível.”
7. Viva o presente
Muita gente se envolve em planos para o futuro de tal forma que acaba vendo a vida passar rapidamente. Esse tipo de atitude adia a felicidade e para que? “Muitas vezes nos frustramos por passar muito tempo programando um futuro que não acontece exatamente do jeito que sonhamos. As pessoas mais felizes aprenderam a moldar seus sonhos, a viver no presente. São as que entenderam que o futuro é a ressonância do hoje”, defende a neurologista Claudia Klein. Lembre-se que a felicidade não é um estado permanente, que se atinge e lá se fica. Ela vem e volta, e é normal que isso aconteça. O principal é fazer com que mais momentos felizes entrem em nossa vida. E saber lidar com os altos e baixos.
Os campeões da infelicidade
Os pesquisadores da Universidade de Princeton ouviram 450 mil americanos para o estudo sobre a felicidade. A pesquisa trouxe também resultados sobre os fatores que, não só afetam os momentos felizes, mas trazem justamente o contrário: infelicidade. Para os norte-americanos, são eles:
1º Solidão
2º Dores de cabeça
3º Problemas crônicos de saúde
4º Vício em cigarro
5º Ter que sustentar alguém da família
6º Obesidade
7º Divórcio
(Autora: Andressa Basilio)
(Fonte: minhavida)