Marília está passando por muita pressão em sua vida, mas ainda não entende o que está acontecendo.
Ela se sentia melancólica, abatida e triste.
Pensava que seus problemas fossem passageiros e estariam ausentes em pouco tempo.
Mal ela sabia que se trava de algo mais grave e de origem diversa. Ela não entende o que é depressão e comorbidade.
Marilia já não sabe o que fazer e tenta buscar auxílio em qualquer método, na automedicação e em decisões contrárias ao seu problema.
Ela se sente esgotada, desanimada e sem energia. Assim ela se distância cada vez mais da cura, aumentando seu sofrimento e o das pessoas que a amam.
Quando uma pessoa desenvolve este algum tipo de transtorno depressivo na sua vida, grande parte da sua rotina passa a ser determinada pelo estado crônico da depressão.
A depressão é uma doença secundária, sendo consequência de algo maior. O que prejudica ainda mais a vítima de tal transtorno.
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Por isso, neste artigo vamos explicar o que é depressão e comorbidade, para ajudar muitas pessoas que se encontram na situação da Marília.
Leia o artigo e entenda o que é comorbidade. Você pode se ajudar e ajudar muitas pessoas.
Os perigos do isolamento
Marília acreditava que poderia sair sozinha do túnel como uma forma de demonstrar a si mesma que seria capaz.
Muitas vezes nós pensamos que “problemas modernos”, como depressão, stress, obesidade, fobias, são fenômenos dos tempos atuais e que não caracterizam tratamento específico ou atenção adequada.
Estabelecemos em nossas mentes a ideia errada de que podemos vencer estes males pelo próprio trabalho cotidiano.
Mas se não somos capazes de localizar a origem destes males, como poderemos enfrentar tudo isso sozinhos?
A falta de controle sobre nossas ações rotineiras, os pensamentos negativos e autodestrutivos, e a ansiedade são algumas esferas que deixamos passar.
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Quanto mais lutamos para aniquilar estas consequências, maior é o esforço desmedido.
A maioria das pessoas, como Marília, não buscam tratamento, pois acreditam que a depressão é um caso isolado, e não um sintoma de um problema maior.
Depressão e comorbidade: causas e consequências do transtorno
Em boa parte das vezes, a depressão se desencadeia de outros fatores.
Ela já é considerada uma enfermidade pela ciência médica ortodoxa. Apesar de os sintomas que surgem pela depressão parecerem que não são patológicos, eles são consequências de causas físicas.
A alta taxa de cortisol (hormônio) ou agentes químicos afetam o funcionamento do cérebro, como os neurotransmissores (serotonina, dopamina e a noradrenalina). Há relatos inclusive de diabetes e outras infecções causarem a depressão
A origem da depressão também pode ser hereditária.
Igualmente, grandes traumas psicológicos, emocionais e psicofísicos podem também desencadear alterações bioquímicas no equilíbrio do sistema imunológico, endócrino e nervoso.
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E não para por aí, outros transtornos psicológicos como o transtorno bipolar, por exemplo, podem originar a depressão como doença secundária.
O uso de substâncias psicoativas também causa a depressão. Quando há mais de um transtorno associado a uma pessoa, isso é chamado de comorbidade, que será tratado detalhadamente mais adiante.
O caso de Marília que apresentava os sintomas comuns de depressão. Listamos alguns dos mais frequentes:
– Alteração brusca e radical do interesse para atividades lúdicas ou que ocasionavam prazer.
– Obesidade ou emagrecimento involuntário.
– Insônia.
– Perda de energia a maior parte do dia.
– Excesso de culpa.
– Dificuldade na concentração ou na tomada de decisões.
– Pensamentos negativos que influenciam as ideias na ação.
– Tipos de fobia social.
O que é a comorbidade?
A comorbidade, como dito anteriormente, é situação em que o paciente sofre com mais de um transtorno relacionado, por exemplo.
Ela pode ser definida como a ocorrência de dois ou mais problemas que coexistem, dependendo dos casos, tendo tantas relações causais diretas quanto indiretas.
Por isso é muito importante procurar um profissional competente quando a depressão começa a se manifestar.
Na maioria dos casos, ela é uma doença secundária, que se originou de algo maior.
Além dos transtornos psicológicos, ela pode ter sido originada por transtornos físicos, questões pessoais e até mesmo devido ao meio social em que o enfermo está inserido.
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Para tratar a depressão, a primeira etapa é o reconhecimento do problema a fim de seguir com terapias corretas.
O tratamento apenas com o uso de farmacológicos não somente pode acarretar em intensa dependência química, como podem gerar outros sintomas e outros transtornos, além de não resolverem as causas do problema.
Agora confira os tipos de problemas da comorbidade:
– Comorbidade Patogênica: quando temos um sintoma característico cuja origem pode acarretar em outra forma sintomática, ocasionando mais de um problema.
– Comorbidade Diagnóstica: problemas que foram diagnosticados não são sintomas especificados.
– Comorbidade Prognóstica: o caso de dois ou mais sintomas indicarem a presença de outros transtornos.
Neste último caso, temos exemplos de doenças que apresentam comorbidade com a depressão, muito embora se constate que o diagnóstico de depressão e ansiedade, são sintomas expressivos.
Tanto a ansiedade quanto a depressão, podem agir como consequência para o advento da comorbidade, por vezes ambas separadas, por outras, como uma doença conjunta, ou como faces de uma mesma doença.
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A relação que temos entre a depressão e a ansiedade ainda é matéria de controvérsias. No entanto, pesquisas e evidências recentes vão sugerir que transtornos depressivos, ansiedade em comorbidade com outros transtornos podem ser mais comuns que imaginamos.
Estudos demonstram que 85% dos pacientes com diagnóstico de comorbidade depressiva possuem sintomas evidentes de ansiedade.
A comorbidade, que age quando duas ou mais doenças estão relacionadas, muitas vezes prolonga o efeito de ambas enfermidades predispondo a pessoa a desenvolver outras doenças.
Se você está com sintomas de depressão ou possui alguém próximo com tais sintomas, é preciso conscientiza-la (ou se conscientizar) da importância do acompanhamento de um profissional.
A automedicação ou o isolamento geram grande sofrimento e pioram a situação.
Avalie o momento da sua vida na relação consigo mesmo e com os outros. Converta o sintoma em tratamento.
(Autor: Dr. Mohamad Bazzi – Neurocientista, pesquisador e estudioso do Comportamento Humano)
(Fonte: institutobazzi.com )