Autoconhecimento, como sugere a própria palavra, é o ato de se conhecer e está ligado a uma das bases da inteligência emocional: A autoconsciência.

Diante do momento em que vivemos, ser autoconsciente e se conhecer são grandes desafios, visto que, não paramos, não refletimos, não nos observamos….

Vivemos na sociedade do ter, onde há pouco espaço para o ser ou pouca preocupação em ser e consequentemente pouco espaço e tempo para descobrir o que se é.

Na antiga Grécia a educação visava a conquista do homem­-excelência e se iniciava pela virtude e virtude para os gregos se resumia em conhecer a si em primeiro lugar, depois o outro e depois o mundo.

Para os gregos os conhecimentos “técnicos” viriam com o tempo.

Não é magnifico e verdadeiro!? Iniciar a vida conhecendo-­me e a partir de mim conhecer o outro e o mundo… Será provável que se tivéssemos o prazer de aprender assim, teríamos uma sociedade muito melhor, do ponto de vista emocional?

Na nossa atual sociedade não existe valorização quanto a importância desse “mergulho interno”. E essa percepção não é algo natural para todos.

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Mais abaixo eu listo algumas perguntas simples que o farão refletir sobre o seu nível de autoconhecimento, você vai perceber o quão pouco refletimos sobre nós mesmos e nossos comportamentos. E essa falta de conhecimento sobre si mesmo não é algo feio, errado, ou demonstra falta de interesse, não há como saber algo que não aprendemos, afinal, em que momento da nossa educação somos orientados a olhar para dentro?

Se você não sabe quem é você se torna complicado encontrar alegria de forma plena em seu dia a dia, se você não conhece você mesma, infelizmente, será presa fácil a aceitar qualquer tipo de relacionamento e de trabalho.

Se os seus valores ainda estão em zonas desconhecidas você tende a não encontrar satisfação nas funções e nos lugares em que trabalha, se a sua essência é desconhecida você tende a migrar de relação em relação ou se sentindo insatisfeita ou sofrendo em relações destrutivas.

No entanto, quando você volta o seu olhar para dentro, quando você se dá a chance de mergulhar dentro de si e encontra respostas nunca antes questionadas, o processo de viver torna-­se fluído, e entenda fluído no sentido de natural e não de fácil ou “rosa”.

Através do autoconhecimento você passa pelos ciclos da vida com entendimentos antes desconhecidos, você faz escolhas mais condizentes com os seus valores, você busca alegria, prazer e amor com base na sua essência.

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Reflita…

– Você sabe quais são os seus valores? Você consegue passar para a sua família quais são os seus principais valores?

– Você sabe qual é a verdade do seu ser?

– E você sabe se o seu trabalho tem a ver com a sua verdade?

Essas são as principais perguntas para iniciar um processo de autoconhecimento, o restante acontece em espiral e por toda a nossa existência.

Pare e reflita: Quais são os seus principais valores?

Se tiver dificuldade com isso (e é normal ter) reflita sobre algo de muito importante que você gostaria de deixar aos seus filhos como ensinamento de vida. Esse é o seu principal valor. Se não tiver filhos, lembre-­se de uma decisão importante que teve que tomar em sua vida, essa decisão possivelmente, foi pautada por um dos seus principais valores.

A verdade do seu ser você vai descobrir mergulhando em si, se observando, procurando por pontos fortes e fracos e aceitando os, identificando seus dons e desenvolvendo suas habilidades, dialogando com seu EU e procurando por pontos cegos.

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Esse processo será continuo, não espere chegar a um ponto X e imaginar que alcançou a iluminação e que está acima dos outros, quando iniciamos um processo de autoconhecimento tendemos a nos considerar “diferente” e querer se colocar em posição acima do nosso semelhante, não se permita permanecer nesse erro, quem estará no comando, em atitudes como essa, é o seu EGO e não a sua essência e se você permitir que ele continue no comando você interromperá o seu processo.

O trabalho é essencial ao desenvolvimento do ser humano e não há nada mais prazeroso do que ser pago para fazer o que gosta, concorda? Mas nem sempre é possível, correto?

O discurso de que é preciso viver de propósito e encontrar o trabalho que se ama é lindo e almejado por muitos, mas a realidade, as vezes, é bem diferente, e infelizmente a maioria das pessoas ainda não acreditam nas infinitas possibilidades do universo e não acreditam que possam gerar valor ao outro em troca de dinheiro.

Sendo assim, se você é uma dessas pessoas, que não vê saída para fazer algo que a deixa feliz, e ainda está no início do seu processo de desenvolvimento pessoal e autoconhecimento, encare o seu trabalho de outra forma, faça você mesma a ressignificação diária do seu trabalho para que ele tenha mais a ver com a sua verdade, e no paralelo busque pela sua missão de vida, se pergunte o que te apaixona verdadeiramente e procure por formas alternativas de ganhar dinheiro colocando em prática os seus dons e estando alinhada com a sua essência, ACREDITE, isso é possível!

O autoconhecimento é um projeto de vida, onde se exige esforço e persistência, assim como a felicidade, e só depende de você iniciar essa busca e se permitir romper as suas próprias barreiras.

Referências bibliográficas:
– “A formação do homem grego”, Paideia.
-“Inteligência Emocional”, ­ Daniel Goleman.

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Coach formada pelo Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento (IPPC). Idealizadora do Projeto Viver e Melhor. Autora do livro digital O Poder do Otimismo Diário. Life Coach com foco no Positive Coaching e no desenvolvimento pessoal, profissional e emocional da mulher. É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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