A palavra “depressão” é algo que assusta e ao mesmo tempo causa dúvida. Como identificar se você ou alguém próximo está sofrendo desta doença? Às vezes você percebe que tem algo estranho com você, mas não dá para saber se é um momento ruim da vida ou se é algo mais sério. As coisas ficam ainda mais difíceis de entender se alguém – ou você mesmo! – insiste que é só “mimimi”.
Por isso, resolvemos conversar sobre os diferentes sintomas de depressão como parte da Semana da Saúde Mental. Entrevistamos o especialista Miguel Roberto Jorge, professor associado e livre-docente do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP), para falar sobre depressão e seus sintomas.
Lembrando que esta não é uma matéria para ler e se autodiagnosticar, mas para entender um pouco mais a doença e as pessoas que sofrem com ela.
Aquela tristeza arrebatadora, que parece muito maior do que os próprios problemas pelos quais a pessoa está passando, é um sinal de que você pode estar com depressão. Mas não é sempre assim. “O que muita gente não sabe é que podemos ter depressão sem tristeza”, diz o professor especialista Miguel Roberto Jorge.
Um desânimo profundo, devastador, especialmente com coisas que a pessoa costumava gostar de fazer ou fazia sem grandes dificuldades, também pode ser indicativo de que algo está errado. “Quando pensamos em depressão, no mínimo uma dessas duas coisas está presente: uma tristeza absoluta sem motivo ou desproporcional ao ocorrido ou um desânimo acentuado, a perda do prazer”, diz Miguel.
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Segundo Miguel, sintomas depressivos não são necessariamente depressão. “Mas se a pessoa está com uma tristeza profunda ou muito desânimo, a variação na relação com a fome ou com o sono podem ser um indicativo da doença”.
Você pode não sentir nenhum apetite. Ou, por estar ansioso, fica com ainda mais fome. “Com o sono, o mais comum é a dificuldade para pegar ou manter o sono, não só uma noite, mas com frequência. Por outro lado pode acontecer da pessoa ter uma hipersonolência”, diz o professor. Isso varia de pessoa para a pessoa, mas o que vai chamar atenção é uma mudança brusca nos seus hábitos.
O professor ainda acrescenta que perda de concentração, problemas de memória e uma sensação de que você está mais lento que de costume são outros indicativos possíveis.
É comum acreditar que perguntar para alguém deprimido se ele está pensando em se matar é um incentivo. Mas não é bem assim. “Pesquisas mostram que fazer isso tem efeito contrário: você na verdade está dando a possibilidade da pessoa falar sobre algo que ela tem enorme dificuldade em se abrir, você abre uma alternativa à situação”, diz o professor Miguel. Precisamos falar sobre suicídio e precisamos estender o braço a quem está doente.
Sabe aquela pessoa que está sempre descontente? Que nunca parece estar bem, sempre reclama, nunca está feliz com nada? Provavelmente esta pessoa não éassim, mas está assim. Você pode estar lidando com um caso de depressão crônica. “A depressão crônica costuma ser um perfil presente após a adolescência e que persiste por pelo menos dois anos”, explica Miguel. Nesta possibilidade, é necessário tratamento.
Isto varia de pessoa para pessoa, de caso a caso e do grau de intensidade da doença. É possível que remédios acelerem o processo de melhora e também há casos em que ter aconselhamento e conversar com um profissional já ajude o paciente.
“Cada pessoa tem uma história e é preciso prestar a atenção a cada uma delas para estabelecer uma estratégia de como cuidar, algo que não seja apenas prescrever um remédio”, diz Miguel. Mas se o indicado for tomar remédios, não há nada de errado com isso se for o melhor para você.
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“Você vai usar medicação por um tempo. Não se prescreve um tratamento com antidepressivos para suspender em um mês”, explica Miguel. Segundo ele, o risco de recaída é muito grande. Se você começar tratamento com medicação, será preciso paciência com o tempo.
Miguel observa que mulheres no período de menopausa, com idades por volta de 40 ou 50 anos, passam por uma grande alteração hormonal e estão no grupo de riscos. Mas jovens, principalmente se em contato excessivo com álcool e outras drogas, também podem entrar em um processo depressivo. Depressão não tem idade.
“Há um conjunto de fatores onde a genética tem um peso importante, em famílias de pessoas deprimidas a probabilidade de se ter a doença é muito maior, mas também se reconhece fatores sócio-ambientais. Ao longo da vida, a pessoa passa por experiências que podem a afastar ou aproximar da depressão”, diz o professor.
Você não precisa estar triste há semanas ou incrivelmente para baixo se está preocupado com o que anda sentindo e quer conversar com alguém.
Seja um psicólogo próximo, um médico de confiança ou um profissional do posto de saúde. “Para a primeira triagem, um médico clínico tem toda a condição de fazer um diagnóstico, perceber se o caso é grave e encaminhar para um psiquiatra ou indicar um caminho”, fala o professor Miguel. Não tenha medo de fazer uma consulta e conversar sobre o que você está sentindo.
(Autora: Flora Paul)
(Fonte:www.buzzfeed.com)
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