Robert Sutton, professor de comportamento organizacional e engenharia na Universidade da Califórnia, passou dez anos da sua carreira decifrando os chamados ‘idiotas’ ou ‘imbecis’.
Chegou à conclusão de que há 4 tipos de ‘imbecis’ e eles têm 7 hábitos conscientes e não se importam se são desagradáveis. São eles:
O Maquiavélico. De acordo com a psicologia moderna, este tipo de pessoas está focado nos seus interesses e ganhos próprios. Além disso, tira prazer da dor dos outros, uma vez que isso o ajuda a alcançar os seus próprios objetivos. Este tipo de ‘idiota’ não esconde que o é e na verdade orgulha-se disso.
O que dá facadas nas costas. Usa o seu comportamento desagradável de forma estratégica, até porque não gosta de ser identificado como um ‘idiota’. É daquelas pessoas que fica ao seu lado até deixar de precisar de si e o apunhalar pelas costas.
O propositadamente esquecido. Esta pessoa age como se não conhecesse alguém quando na verdade a conhece e até já se encontrou com ela várias vezes. Porquê? Só para rebaixar a outra pessoa ao máximo, segundo explica o especialista. Pensam que são superiores aos outros e portanto acham que podem agir como tal.
O ‘idiota sem noção’. Esta pessoa não tem noção de que é alguém incrivelmente desagradável. Precisa mesmo de alguém que lho diga – claro que há pessoas que vão admitir e outras que vão negar a sua má atitude.
Confira os 7 hábitos dos imbecis:
1 – Transformar tudo que faz em uma competição. A competitividade pode ser apropriada em determinados momentos, mas estar sempre nos comparando com os outros e tentando provar que somos melhores não é necessário. Na verdade, isto é irritante e até mesmo grosseiro. Ninguém gosta de estar com alguém que está constantemente buscando reconhecimento e que quer parecer melhor do que outros.
2 – Agir de forma grosseira. É óbvio que as pessoas não gostam de pessoas malcriadas. No entanto, muitos acreditam que com sua grosseria se destacam dos outros e não veem qualquer problema em agir assim. Entretanto, ninguém gosta de pessoas desrespeitosas que procuram ser notadas através de gozações e menosprezando os outros.
3 – Agir com superioridade. Uma pessoa que olha o outro “de cima” e age com superioridade não é nada atraente. No entanto, como no caso anterior, este tipo de pessoa acredita que esta atitude o destaca dos demais. Ninguém gosta de estar com as pessoas que procuram o seu lugar ofuscando e se sentindo melhor que os outros.
4 – Queixar-se constantemente. Muitas pessoas pensam que por reclamarem e protestarem por tudo atraem mais atenção, mas é exatamente o contrário. As pessoas geralmente tentam escapar de ambientes negativos, das queixas e protestos.
5 – Interromper os outros. Interromper o outro é uma falta de respeito, especialmente se a conversa não for com você. No entanto, algumas pessoas pensam que isto lhe dará visibilidade, uma oportunidade para mostrar a sua presença, a sua inteligência e o quanto ela sabe sobre o assunto em questão. Mas o que acontece na realidade é o oposto. Sem educação, o seu nível de conhecimento ou a sua opinião não tem valor algum. Na verdade, interromper para completar ou opinar sobre algum assunto não o transformará em uma pessoa bem informada, e sim em uma pessoa incômoda.
6 – Não escutar quando alguém fala. A comunicação é um dos elementos mais importantes em qualquer relacionamento. Não ouvir o outro e continuar falando é outra falta de respeito, caso esteja falando para um grupo ou com uma pessoa. Ainda pior do que não ouvir é ficar olhando “para os lados” sem prestar atenção na pessoa.
7 – Criar um conflito sem necessidade ou razão. Algumas pessoas gostam de chamar a atenção provocando conflitos, se apoiando em pequenos mal-entendidos ou razões que só eles veem. Dessa forma, chamam mais atenção e acreditam que é uma boa oportunidade para mostrar seus atrativos. No entanto, essa pessoa provavelmente consegue desencadear sentimentos de desprezo, e se alguém “entrar no seu jogo”, mostrará o pior que tem dentro. Tudo por orgulho.
Como lidar com imbecis?
O professor Mario Sérgio Cortella em seu livro ‘Educação, Convivência e Ética: Audácia e Esperança’ diz: “O que é uma pessoa honrada? Aquela que, entre outras coisas, tem a percepção da piedade, aquilo que precisa ser resguardado na convivência. Uma pessoa autêntica tem a autenticidade grudada à piedade.
Eu não posso, em nome da minha autenticidade, dizer tudo o que penso. Eu não posso, em nome da minha autenticidade, desqualificar apenas porque quero ser transparente. Ser autêntico não significa ser transparente de maneira contínua. Ser transparente para si mesmo? Sem dúvida, mas dizer tudo o que pensa numa convivência é ofensivo”.
Em suma:
Quanto às melhores dicas para lidar e até tentar mudar uma pessoa desagradável deste gênero, Robert Sutton sublinha: criar uma distância física, além de ser saudável para si pode ajudar a outra pessoa a perceber que algo está mal no comportamento dela; alterar a sua perspetiva, e em vez de sofrer com o mau comportamento do outro, encontre humor na situação ou tenha pena da pessoa que tem a necessidade de se comportar de tal forma rude; transforme o ‘idiota’ num amigo – se tentar desenvolver amizade com alguém que geralmente é rude para si, possivelmente essa pessoa vai ter menos coragem de o tratar mal quando estão a travar amizade.
Fonte: portalraizes.com
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