As experiências dolorosas a que nos submetemos ao longo de nossas vidas ensejam as nossas feridas emocionais. Estas feridas podem ser múltiplas e ocorrem de muitas maneiras: traição, humilhação, desconfiança, abandono, injustiça …
No entanto, devemos tomar consciência dessas feridas e evitar maquiá-las, porque quanto mais tempo você esperar para providenciar a cura, um tanto mais piorarão. Além disso, quando somos magoados, vivemos constantemente situações que tocam a nossa dor e nos fazem colocar várias máscaras por medo de reviver o sofrimento.
Portanto, a seguir, falaremos sobre os cinco passos que precisamos dar para curar as nossas feridas emocionais:
A ferida está lá. Você pode ou não concordar com o fato de que ela existe, mas o primeiro passo é aceitar essa possibilidade. De acordo com Lisa Bourbeaur, curar uma ferida significa aceitá-la, observá-la cuidadosamente e saber que ter situações dolorosas a resolver é parte da experiência humana.
Não somos melhores ou piores só porque algo nos machuca. Construir uma blindagem é um ato heroico, um ato de amor próprio que tem muitos méritos, mas que já cumpriu a sua função.
Ou seja, você protege ambientes internos feridos, mas uma vez que a ferida está aberta e você pode percebê-la, é hora de pensar em curá-la. Aceitar as nossas feridas é muito benéfico, e também muito importante, pois isto irá nos ajudar a transformar a nós mesmos.
A vontade e a decisão de superar as nossas feridas é o primeiro passo em direção à paciência, à compaixão e à compreensão direcionadas a nós mesmos. Estas qualidades irão desenvolver-se por si mesmas e irão se estender para as outras pessoas que alimentam o nosso ser.
Muitas vezes não conseguimos perceber quanta expectativa criamos quanto ao comportamento do outro, esperando que eles supram as nossas necessidades.
Quanto mais nos machucaram, mais profundas são nossas feridas, e mais normal e humano é que isto resulte em culpa e raiva para com os que nos machucaram. Dê-se permissão para estar zangado com eles e para perdoar a si mesmo.
Caso contrário, você direcionará todo o ressentimento em si mesmo e nos outros, e isso é como arranhar a própria ferida. Sentir-se culpado dificulta o perdão, e livrar-nos da culpa e do ressentimento é a única maneira de curar as nossas feridas.
Você também precisa aprender a perdoar, pois devemos aceitar que as pessoas que nos ferem, provavelmente, carregam dentro de si uma profunda tristeza. Nós mesmos podemos ferir os outros com as máscaras que usamos para proteger as nossas feridas.
Esse excesso de expectativas, não raro, faz com que compreendamos erroneamente a realidade em que vivemos, fazendo com que nos distanciemos cada vez mais do ideal de relacionamentos a que almejamos.
Esta ferida vai ensinar algumas coisas muito importantes, mas isso é difícil de aceitar porque o nosso ego cria uma barreira de proteção muito eficaz para esconder os nossos problemas.
O ideal é livrar-se dessas máscaras o mais rápido possível, sem julgamentos ou críticas, pois isso permitirá identificar como devemos tratar as nossas feridas para, assim, curá-las definitivamente.
Você pode arrancar a máscara em um dia, ou levá-la consigo durante meses ou anos. O ideal seria ser capaz de dizer para si mesmo: “Tudo bem, eu coloquei esta máscara por esse motivo, mas posso retirá-la.”
Então, você saberá que está no caminho certo, e no resto de sua viagem o seu guia será a sua inércia, que lhe permitirá sentir-se bem sem se esconder.
(Fonte:raizesjornalismocultural.com)
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Foi bom ler isso hj! ❤