“Vou ser feliz quando me casar e tiver filhos”
“Vou ser feliz quando tiver minha própria casa”
“Vou ser feliz quando conseguir aquele emprego”
“Vou ser feliz quando…”
Já pensou assim alguma vez? Mas quando conseguiu o que tanto queria, quanto tempo sua felicidade durou? É claro que alcançar um objetivo pode deixar você feliz, mas essa felicidade pode ser passageira. Uma felicidade que dura não é baseada somente no que você conquista ou adquire. Assim como a boa saúde, a verdadeira felicidade depende de uma série de fatores.
Como não existem duas pessoas iguais, o que faz você feliz não necessariamente faz outra pessoa feliz. Além disso, as pessoas mudam à medida que ficam mais velhas. Mesmo assim, ao que tudo indica, algumas coisas estão mais frequentemente associadas à felicidade. Por exemplo, a verdadeira felicidade está relacionada a encontrar contentamento, evitar a inveja, cultivar amor pelos outros e desenvolver resiliência mental e emocional. Veja por quê:
Um sábio estudioso da natureza humana comentou: “O dinheiro é para proteção.” Embora o dinheiro seja necessário para a sobrevivência, é preciso evitar a ganância, que é insaciável! Esse escritor, o Rei Salomão do antigo Israel, quis descobrir se uma vida de luxo e riquezas traria verdadeira felicidade. Ele fez tudo que tinha vontade e chegou a escrever: “Não neguei ao meu coração nenhuma espécie de alegria.
Depois de ter acumulado muita riqueza, Salomão construiu mansões suntuosas, belos parques e lagoas e adquiriu muitos servos — ele conseguiu tudo que queria. O que ele descobriu? Ele percebeu que, apesar de ter conseguido certo grau de felicidade, ela não durava muito. Concluiu que “tudo era vaidade” e que “não havia nada de vantagem [ou de real valor]”. Ele chegou a odiar esse tipo de vida. Salomão aprendeu que, no fim das contas, quem vive para agradar a si mesmo acaba se sentindo vazio e insatisfeito.
Será que as pesquisas atuais estão de acordo com essas palavras sábias do passado? Um artigo publicado no Journal of Happiness Studies observou que, “quando as necessidades básicas de uma pessoa são atendidas, uma renda adicional tem pouca influência sobre seu bem-estar”. Pesquisas mostram que um estilo de vida cada vez mais consumista pode minar a felicidade, especialmente quando se abre mão de valores morais e espirituais.
A inveja é definida como “desgosto e ódio provocados pelo sucesso ou pelas posses de outra pessoa” e “desejo intenso de possuir os bens de alguém ou de usufruir sua felicidade”. O que leva alguém a ter inveja? Como você pode saber se tem essa característica? O que fazer para combatê-la?
A Enciclopédia de Psicologia Social (em inglês) observa que as pessoas costumam invejar as que têm uma situação parecida com a delas, como as que têm a mesma idade, experiência de vida ou cultura. Um vendedor, por exemplo, talvez não sinta inveja de um ator de cinema famoso, mas sim de outro vendedor mais bem-sucedido que ele.
Como você pode saber se tem inveja? Pergunte-se: “Quando um dos meus colegas é bem-sucedido em alguma coisa, fico feliz ou frustrado? Se meu irmão, um colega de escola talentoso ou um colega de trabalho não se sai bem em algo, lamento ou comemoro?” Se você respondeu “fico frustrado” e “comemoro”, é bem provável que esteja alimentando a inveja. De acordo com a Enciclopédia de Psicologia Social, “a inveja pode envenenar a capacidade de uma pessoa apreciar as boas coisas da vida e apagar o sentimento de gratidão por tudo de bom que acontece. Atitudes assim dificilmente contribuem para a felicidade”.
Você pode combater a inveja por cultivar genuína humildade e modéstia. Isso vai ajudá-lo a apreciar e valorizar as habilidades e qualidades de outros.
Segundo o livro Social Psychology (Psicologia Social), dar-se bem com outros “contribui mais para uma pessoa se sentir satisfeita com a vida, o trabalho, a renda, o lugar onde vive ou até mesmo a saúde física”. Resumindo, a pessoa precisa amar e ser amada para ser realmente feliz.
Todos têm a capacidade de cultivar amor.
Todos têm problemas. É preciso desenvolver resiliência, ou seja, a capacidade de lidar com os problemas de forma positiva e dar a volta por cima. Carol e Mildred são exemplos disso.
Carol tem uma doença degenerativa da coluna, diabetes, apneia do sono e degeneração macular, que a deixou cega do olho esquerdo. Ainda assim, ela diz: “Tento não ficar desanimada por muito tempo. Às vezes, eu me permito sentir pena de mim mesma. Mas, depois, paro de pensar só em mim e agradeço pelo que ainda consigo fazer, especialmente para outras pessoas”.
Mildred também tem vários problemas de saúde, como artrite, câncer de mama e diabetes. Mas, assim como Carol, ela tenta não se concentrar nisso. Ela conta: “Aprendi a demonstrar amor pelos outros e a consolar os que estão doentes, e isso também me ajuda. Na verdade, descobri que, enquanto estou consolando outros, não fico me preocupando comigo mesma”.
Embora Carol e Mildred procurem receber bons cuidados médicos, a saúde física não é sua principal preocupação. Elas preferem manter uma atitude correta diante das situações e usar bem o tempo. Por isso, sentem uma alegria que ninguém pode tirar delas. Além disso, elas são muito amadas por outros e são fonte de inspiração para os que passam por diversos problemas.
Procure encarar os erros da maneira correta
Pessoas resilientes também cometem erros, mas não ficam remoendo pensamentos negativos, como ‘Sou um fracasso’ ou ‘Eu não presto para nada’. O livro O Poder da Resiliência (em inglês) afirma que, para ser uma pessoa resiliente, “você precisa reconhecer que erros e fracassos fazem parte da vida . . . Mas é você que escolhe como vai reagir a eles.”
“Seja grato”
Pesquisas indicam que meditar nos aspectos positivos da vida e mostrar gratidão a alguém que foi bondoso com você podem ajudá-lo a ter uma maior sensação de bem-estar.
Adaptado do site: www.jw.org
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Realmente essas são as normas fundamentais pra ser feliz