Foi lançado justamente no dia de Valentine’s Day desse ano, o novo clipe da cantora americana Katy Perry, em parceria com o dj e produtor russo, Zedd.
Intitulada de 365, a trama do clipe teve mais de 3 milhões de visualizações em um único dia e está gerando várias interpretações na internet, cada uma com uma teoria diferente.
A maioria diz se tratar da temática do relacionamento abusivo/obsessivo representada pela figura do robô interpretado por Katy. Mas será que o foco é esse mesmo? E por que será que sempre a figura feminina que é vista como a “sufocante” da relação?
No clipe, vemos Katy Perry versão robô ser programada para amar e agradar o outro. Sua única função é satisfazer as vontades e desejos de outro ser, independente do que ela sinta (afinal, sentir pra quê, né? Desde quando robô sente algo? Ainda mais em versão feminina, né?).
Primeiro fazem um teste com um urso de pelúcia computadorizado pra ver como ela reage inicialmente e após o avanço dela, fazem a experiência com um homem de verdade.
Conforme o casal vai convivendo, ela passa a desenvolver sentimentos por ele. O que era pra ser algo apenas programado, se transforma em realidade. Só que apesar de todos os esforços dela pra agradar e ser a “mulher perfeita”, ele não consegue corresponder e quanto mais ela tenta se aproximar, ele se afasta.
Diante disso, trazendo isso para nossa realidade, quantos relacionamentos (não só afetivo) vemos por aí, que só uma parte se doa enquanto a outra só recebe? Quantos se dedicam de corpo e alma pra relação dar certo e acabam ferindo a própria autoestima e amor próprio em prol do outro? Para no final das contas, todo os esforços serem em vão e não existir nem um mísero de reciprocidade. Quantos vocês conhecem que nadaram, se afogaram e morreram na praia do amor? Quantos?
Temos a tendência a enxergar aquele que corre atrás como o abusivo da história, mas será que aquele que só recebe amor confortavelmente sem retribuí-lo, até o momento que cansa do outro e o troca por um próximo que futuramente, também será descartado sem dó nem piedade, também não é? Já refletiram sobre isso?
365 é uma metáfora pra tanta coisa. Autoestima, amor próprio, perfeição feminina imposta pela sociedade, amores líquidos, volatilidade dos sentimentos, objetificação da mulher, relacionamento abusivo/tóxico, sociedade descartável, nossa, MUITA coisa. Tem crítica do início ao fim do vídeo.
E não poderia terminar de forma melhor. Com o fracasso da experiência, perguntam para o cara se ele sentiu algo e ele apenas responde que não, nada. Nenhum sentimento sequer.
Machucada, destruída, ferida (seria mais uma uma analogia ao que um relacionamento pode fazer com alguém?)antes de ser totalmente desligada, ela percebe que era descartável e pode ser substituída facilmente, porque o tempo todo foi vista e tratada como só mais uma na fila. Nada além disso.
Só dá tempo de derrubar uma lágrima final enquanto assiste o baile seguir (como se diz hoje em dia).
É interessante a forma que cada um sai daquela relação. A mulher sai cheia de marcas, físicas e internas, enquanto o homem interpretado por Zedd sai perfeitamente bem, novo em folha para seguir para a próxima “aventura”. Um retrato bem comum, não é?
E aí? Já assistiram o clipe? O que acharam? Concordam ou discordam?
Não sei se essa análise está muito viajada, mas é só uma interpretação. Lembrem-se que o mais bonito da arte é justamente essa liberdade que causa na gente.
O mais importante é o quanto aquilo te faz sentir e refletir.
Link do clipe: https://www.youtube.com/watch?v=YrbgUtCfnC0
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Vamos dar uma olhada na mae e pai do Zedd? Somos resultado da educacao que recebemos de nossos pais, (embora minsturada com um mundo de outras coisas, sendo a mais forte é a ducacao recebida dos nossos pais).