Em comemoração aos 160 anos do pai da psicanálise, Freud deixa um legado para seus seguidores: a busca constante pelo saber.

O filho de um comerciante e de sua segunda esposa, bem mais jovem. Alguns de seus irmãos, do primeiro matrimônio, eram aproximadamente vinte anos mais velhos que ele. Ao completar quatro anos, mudou-se com toda a família. Esse menino, nascido em 06 de maio de 1856, iria torna-se, junto com Copérnico (a Terra não é o centro do Universo) e Darwin (o homem pertence à família dos primatas), uma das três grandes feridas narcísicas da humanidade. Seu nome: Sigmund Freud.

Quando a Terra não é mais o centro do Universo e o Homem descobre que tem um ancestral comum com os macacos, portanto não é o centro da Natureza, Freud retira das mãos do indivíduo seu último trunfo: não temos controle absoluto das nossas ações.

De acordo com a Resenha elaborada por Silvia Brandão Skowronsky, a Psicanálise de Freud revolucionou as crenças científicas ao estabelecer um entendimento especial e singular das motivações do sujeito humano. Freud, além da teoria, produziu textos sobre temas da cultura, escreveu sobre seus casos clínicos e sobre técnica.

Um método de cura pela palavra onde o inconsciente aparece no consciente, mas sem uma consciência. De forma latente, traços do conteúdo inconsciente manifestam-se nos sonhos, nos atos falhos e chistes, nos sintomas e nas transferências.

As contribuições do neurologista e psiquiatra tiveram enorme impacto para o reconhecimento da Psiquiatria como uma disciplina voltada ao tratamento dos transtornos do comportamento humano. Antes disso, os problemas da mente eram considerados de cunho moral ou espiritual.

Formado pela Universidade de Viena, optou a princípio por Filosofia, campo que depois iluminaria sua produção teórica, decidindo-se depois pela Medicina, especializando-se em Fisiologia Nervosa.

Freud nasceu em 06 de maio de 1856 em Freiberd, Morávia, no Império Austríaco, região que atualmente pertence à República Tcheca. Sua obra completa iniciada em 1886 é composta por 24 livros e 123 artigos. Leitor voraz, em sua biblioteca obras de Shakespeare, Flaubert, Goethe, Dostoievski.

Um grande homem e um laboratório do conhecimento. Freud mudou diversas vezes de pensamento acompanhando as mudanças que a teoria psicanalítica sofreu. Seu legado com a Psicanálise seria, então, a busca constante pelo saber. Que não está e, nestes 160 anos, desde seu nascimento, nunca esteve acabado. Como diz o filósofo Mário Sérgio Cortella “não nascemos prontos” e ouso dizer que Freud demonstrou na prática o inacabado.

As contribuições de Freud para os estudos acerca da compreensão humana são diversas e refletem no trabalho de muitos pensadores até hoje.

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Psicanalista; Especialista em Saúde Mental e Dependência Química; Mestre em Filosofia da Religião; Doutor em Psicologia (Dr.h.c); Doutorando em Psicanálise (Phd); Analista Didata da Escola Freudiana de Vitória (Acap); Ex-presidente e membro da Associação Psicanalítica do Estado do Espírito Santo (Apees); Coordenador do Centro Reviver de Estudos e Pesquisas sobre Álcool e outras Drogas (Crepad); Membro da Academia Cachoeirense de Letras (ACL). É colunista do site Fãs da Psicanálise.

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